Trabalhadores do Comperj mantêm ocupação do prédio do TRT no Rio

Trabalhadores do Comperj mantêm ocupação do prédio do TRT no Rio

Um grupo de trabalhadores do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) continua ocupando a sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), no centro da cidade. Eles impediram que os funcionários deixassem o local, mas, por volta das 20h de ontem, as mulheres foram liberadas e, em seguida, às 21h10, os homens puderam sair.

Mais cedo, os manifestantes bloquearam as duas entradas do prédio com mesas e cadeiras. Uma bomba foi jogada próximo aos elevadores. A ação ocorreu após reunião de conciliação entre os trabalhadores e representantes da empresa, da presidência do tribunal, do Ministério Público do Trabalho (MPT) e o ministro do Trabalho, Manoel Dias.

Os trabalhadores estão há três meses sem receber, depois que a empresa Alumini teve o contrato suspenso com a Petrobras.

A reunião definiu que a Petrobras vai informar, até o fim desta semana, se reconhece o débito de quase R$ 14 milhões com a Alumini, que se comprometeu a usar o dinheiro para pagar as rescisões trabalhistas.

No entanto, os trabalhadores que não participaram da reunião discordaram do acordo e resolveram ocupar o prédio. Policiais militares do Batalhão de Choque foram chamados e cercam os principais acessos ao local. A presidenta do TRT, desembargadora Maria das Graças Paranhos, cogitou ingressar na Justiça com pedido de reintegração de posse do imóvel, caso não haja a desocupação.

As negociações entre os trabalhadores e a direção do TRT foram feitas pela deputada federal Jandira Feghali  (PCdoB-RJ).  O Ministério Público do Trabalho foi convocado para entrar na Justiça com pedido de rescisão dos contratos dos trabalhadores, pois o sindicato da categoria, que seria o autor natural da medida, não é mais considerado representante legítimo pelos trabalhadores do Comperj.

Fonte: Agência Brasil / Foto: Greve no Comperj