Porto do Pecém receberá R$ 220 mi com nova fábrica de cimento
A crise econômica pode inibir o ritmo de investimentos por algumas empresas, mas outras apostam na adversidade para crescer e ampliar mercados para o futuro. É justamente o que está acontecendo com o Grupo Polimix, com sede em São Paulo, que desembarca no Ceará para investir R$ 220 milhões na construção de uma fábrica de cimento no Complexo Industrial e Portuário do Pecém. A informação foi revelada pelo Jornal Folha de São Paulo, edição de ontem, terça-feira (16/06).
As negociações para a construção da fábrica, que depende nesse momento apenas de licença ambiental, foram abertas durante a gestão do então governador Cid Gomes e consolidadas nesses primeiros cinco meses da administração Camilo Santana (PT). Camilo recomendou aos secretários das áreas econômica e política agilidade e menos burocracia nas reuniões, conversas e articulações com as empresas interessadas em se instalarem no Ceará.
O Grupo Polimix projeta iniciar as obras de construção da fábrica de cimento no Pecém dentro de 10 a 12 meses. Do total de R$ 200 milhões de investimentos, o grupo projeto, na primeira etapa, investir R$ 140 milhões para produzir 900 mil toneladas por ano. Há uma segunda linha já prevista, que dobrará a capacidade da fábrica, com aporte de mais R$ 80 milhões.
Sem receio com o cenário econômico, o Grupo Polimix decidiu manter a expansão de olho na futura retomada do crescimento. Principalmente no Nordeste, há muita carência por obras de infraestrutura que demandarão grandes quantidades de cimento”, afirma o diretor José Antero dos Santos, ao revelar que a empresa avalia linhas do Banco do Nordeste para financiar de 60% a 70% dos recursos para o projeto.
Com a Polimix, o Pecém receberá a terceira fábrica de cimento – outras, a Votorantim e a Apodi (um dos sócios é o empresário Ivens Dias Branco, do grupo alimentício M. Dias Branco), já se instalaram no Complexo Portuário, o que o transforma, no entender do presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do Ceará (Adece), Ferrúcio Feitosa, em pólo cimenteiro. O cimento usa um subproduto da siderurgia, a escória obtida nos altos-fornos.
Fonte: Ceará Agora