Ciclone Bomba: fenômeno provocou destruição e mortes em SC e no RS

Ciclone Bomba: fenômeno provocou destruição e mortes em SC e no RS

Evento causa temporais e vento acima de 100 km/h; Ciclone deve atingir São Paulo e Rio de Janeiro, segundo Climatempo

Os fortes temporais associados às rajadas de vento que atingiram a região Sul do Brasil nesta terça-feira (30) causaram pânico e destruição na população gaúcha. O fenômeno chamado de ciclone bomba, provocou ainda dez mortes, sendo nove em Santa Catarina e um no Rio Grande do Sul. Os dados foram divulgados pela Defesa Civil dos estados.

Segundo informações das companhias de energia elétrica do Rio Grande do Sul, mais de 845 mil clientes estão sem luz em todo o estado, além de ruas bloqueadas, semáforos desligados, quedas de árvores e destelhamentos de casas. Na cidade de Nova Prata, localizada na serra gaúcha, um homem de 53 anos morreu soterrado por deslizamento de terra.

De acordo com informações do Climatempo, o ciclone avança para a cidade São Paulo, que pode ter rajadas em torno dos 80 km/h ao longo dia. As temperaturas também devem cair na capital paulista com a chegada da frente fria. A ventania também chegou ao Rio de Janeiro derrubando árvores. A previsão é que o fenômeno cause ventos de até 76 km/h na capital fluminense e ressaca com ondas que devem atingir os 3,5 metros, segundo informou o Centro de Operações Rio.

A Marinha publicou um alerta de possibilidade de ressaca para o mar, com ondas entre três e quatro metros de altura no litoral do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.

Ciclone-Bomba

Trata-se de uma espécie de ciclone extratropical — ou seja, formado em latitudes médias, distante dos trópicos —, mas ainda mais intenso. As rajadas de vento podem chegar a 130 km/h em algumas cidades do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, de acordo com a MetSul Meteorologia.

A previsão do Climatempo indica que o fenômeno perca a força no decorrer da manhã desta quarta-feira (1°), as rajadas máximas no sul e leste do RS e de SC devem baixar para até 100 km/h nos próximos dias.  Já no litoral do PR, de SP e do RJ, as rajadas reduzem para até 80 km/h.