ANTAQ, BNDES e Ministério da Infraestrutura fazem reunião sobre desestatização da Codesa

ANTAQ, BNDES e Ministério da Infraestrutura fazem reunião sobre desestatização da Codesa

Autoridades da ANTAQ e do Ministério da Infraestrutura se reuniram, nesta quarta-feira (14), na sede da Agência, para continuar com as discussões sobre a desestatização da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa).

O projeto será pioneiro na transferência de atividades atualmente desempenhadas por uma companhia docas para parceiros privados. Representantes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que é o responsável pelos estudos, participaram do encontro remotamente. A expectativa do governo é publicar o edital em abril de 2021. O leilão deverá acontecer em agosto do ano que vem. Antes dessas etapas, porém, haverá audiência pública.

O diretor-geral substituto da ANTAQ, Francisval Mendes, afirmou que “com a desestatização, há que se construir um modelo que traga ganhos de eficiência, que promova a concorrência portuária e que estabilize a menor intervenção da burocracia estatal. Espera-se, ainda, uma contribuição para a logística do estado capixaba e para o país, em busca da difícil missão de se encontrar modelos eficientes e de sucesso para desestatização, com potencial de serem replicados para outros portos”.

Conforme apresentação do secretário nacional de Portos e Transportes Aquaviários do Ministério da Infraestrutura, Diogo Piloni, a desestatização da Codesa prevê investimentos por parte do concessionário de R$ 2 bilhões a R$ 3 bilhões. O prazo contratual deverá ser de 35 anos.

Durante sua fala, Piloni destacou algumas premissas que comporão o modelo de desestatização da Codesa. Entre elas estão: respeito aos contratos vigentes; maior flexibilidade na negociação entre futuro concessionário, prestadores de serviços, operadores e armadores para novos arranjos comerciais, de prestação de serviço, investimentos e de parceira; e liberdade para que futuro concessionário e clientes (operadores, armadores, importadores e exportadores) possam negociar valores de tarifas diferentes dos previamente estabelecidos, sem discriminação e em consenso.

Foi destacado também que o futuro concessionário deverá apresentar bons resultados para uma série de indicadores, como manutenção da profundidade mínima do canal de acesso; meio ambiente; disponibilidade de infraestrutura; e atendimento de notificações da ANTAQ.

O diretor da ANTAQ, Adalberto Tokarski, também participou da reunião. Afirmou que o assunto é complexo e carece de uma análise bem detalhada. Tokarski afirmou que a Agência está à disposição para contribuir com esse processo de desestatização. “A ideia é dar a maior celeridade possível e auxiliar na atração de mais investimentos privados e diminuir a burocracia no setor portuário.”

O diretor interino, Joelson Miranda, participou da discussão remotamente. Disse que o tema é fundamental para o setor e aguarda as contribuições da sociedade durante a audiência pública.,

Fonte: Informativo dos Portos