Petrobras vai mostrar como quer triplicar produção
A presidente da Petrobras, Graça Foster divulga hoje, após fechamento do mercado, os resultados financeiros da empresa em 2013.
É prevista, também, a apresentação do plano estratégico 2030, com o qual a companhia pretende triplicar a produção até 2035, como previu a executiva em janeiro, durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos.
A expectativa da presidente da companhia baseia-se no esperado crescimento promovido pela produção nos reservatórios do pré-sal da Bacia de Santos.
Para o mercado, a meta vai requerer um grande esforço da empresa. “É factível, mas não muito provável. Há projetos importantes para entrar em produção, mas também muitos desafios, como a exigência de conteúdo nacional, o declínio da produção na Bacia de Campos e as dificuldades de iniciar simultaneamente a operação de uma série de sistemas no pré-sal”, informou a Ativa Corretora.
Relatório do Itaú BBA divulgado há duas semanas lembra que a empresa vem enfrentando problemas ao conectar novos poços a quatro novas plataformas, ora por questões ambientais, ora pela falta de equipamentos.
Previsões de produção
As previsões de produção para este ano variam bastante entre os analistas. Para o gerente de análise do BB Investimentos, Nataniel Cezimbra, a produção deve ser incrementada em cerca de 650 mil barris por dia, elevando a produção diária a 2,5 milhões de barris. “Isso graças à entrada em produção de seis novas plataformas, desde o ano passado”.
Já o Itaú BBA, conforme relatório divulgado há duas semanas, espera um incremento de apenas 120 mil barris entre 2013 e 2014, elevando a produção diária para 2,06 milhões de barris, chegando a 2,57 milhões diários somente em 2017.
O reajuste de 4% no preço da gasolina e de 8% no do diesel, no fim do ano passado, deverá melhorar o lucro da empresa no 4º trimestre de 2013, para algo entre R$ 4,8 bilhões e R$ 6,7 bilhões, ante os R$ 3,395 bilhões obtidos nos três meses anteriores.
O resultado, porém, ainda carrega o efeito da defasagem em relação aos preços internacionais dos combustíveis e da desvalorização do real.
Fonte: Folha de São Paulo