Wilson Sons mira em porto seco

A Wilson Sons Logística tem planos de crescer na área de portos secos, armazéns alfandegados para atender empresas do comércio exterior. A companhia, controlada pelo grupo Wilson Sons, ganhou licitação para instalar uma Estação Aduaneira de Interior (EADI) na região do Complexo Industrial Portuário de Suape, em Pernambuco.

“Se houver outras licitações [de EADIs], vamos participar”, disse Sérgio Fisher, vice-presidente de terminais e logística do grupo.

A empresa prevê colocar a EADI de Suape em operação em meados do ano. O objetivo desse novo porto seco será oferecer uma solução logística completa para toda a cadeia do comércio exterior, afirmou Thomas Rittscher III, diretor-executivo da Wilson Sons Logística. A empresa já tinha no local um centro logístico para distribuição de produtos no Nordeste. O terminal foi arrendado pela Wilson Sons por 25 anos de uma terceira empresa que investiu nas obras civis.

No ano passado, a Wilson Sons decidiu utilizar esse centro logístico para disputar a licitação aberta pela Secretaria da Receita Federal para implantar uma EADI na região de Suape. Ao ganhar a concorrência, a Wilson Sons passou a fazer adequações em parte do terminal para permitir o alfandegamento das instalações pela Receita Federal. No total, a Wilson Sons vai investir R$ 11 milhões na instalação da EADI. O terminal está situado na vizinhança do porto de Suape e a cerca de 40 quilômetros do Recife.

O contrato de permissão entre a Wilson Sons e Receita Federal foi assinado em 13 de novembro de 2013 e, a partir dessa data, a empresa tem prazo de até 18 meses para fazer as adaptações e submeter a área à aprovação da Receita Federal. Mas o plano, segundo Fisher, é começar as operações em maio ou junho deste ano.

A EADI Suape terá área de 78 mil metros quadrados, sendo cerca de 12 mil metros quadrados de armazém coberto. A EADI vai operar integrada ao centro logístico, armazém com 8 mil metros quadrados de área coberta, situado no mesmo complexo. O centro será usado na distribuição de produtos no mercado doméstico.

O porto seco vai atender não só a corrente de comércio exterior, mas também toda a cadeia de suprimentos na região de Suape, incluindo os setores farmacêutico, automotivo, de bebidas e químico. A EADI Suape terá capacidade de movimentar 29 mil TEUs (contêiner equivalente a 20 pés) por ano.

Fonte: Valor Econômico/Francisco Góes | Do Rio