Visitas a submarino da Marinha aumentam com curiosidade do público após implosão do Titan

Visitas a submarino da Marinha aumentam com curiosidade do público após implosão do Titan

A implosão do Titan, que levou à morte cinco integrantes de uma expedição ao Titanic, chamou a atenção do mundo. Foi na costa do Canadá, mas a curiosidade em torno do que aconteceu fez aumentar neste fim de semana o público no Espaço Cultural da Marinha, na Praça XV. Adultos e crianças estavam lá movidos pelo interesse em conhecer de perto o submarino Riachuelo, uma das principais atrações do Museu da Marinha, para tentar imaginar o que se passou no pequeno submersível na última semana, a 3,8 mil metros de profundidade.

O Titan e o Riachuelo em nada se parecem. A embarcação da década de 1970 é imponente: são quase 90 metros de comprimento e 5,45 metros de diâmetro, contra 6,7 metros por 2,8 metros do Titan, que teve seus destroços encontrados pelas equipes de busca. Mas, no Rio, eram muitas as dúvidas dos visitantes sobre o quanto um submarino suporta de pressão embaixo d’água ou quais os recursos para o salvamento caso a embarcação não consiga emergir. O comandante José Marques, gerente dos espaços culturais da Marinha, lembra de uma pergunta feita esta semana, levada por um garoto que, na visita, expressou medo de o Riachuelo implodir:

— Todos que visitam o submarino têm conhecimento do Titan e tentam fazer uma correlação entre os dois. No caso do medo da criança, a professora ou tutora que os acompanha é orientada a informar que o Riachuelo é um navio-museu atracado, não tem chance de acontecer aquilo — ressalta Maques.

Mesmo imponente por fora, explorar o interior do submarino requer atenção a obstáculos: uma pessoa de 1,80 metro de altura tem que caminhar de cabeça baixa para não se machucar. E, entre um compartimento e outro, é preciso se contorcer para passar por uma porta, em que primeiro vai o pé, depois, o restante do corpo.

— Deus me livre! — disse Alexia Correa, de 13 anos, ao viver a experiência.

Visitação

Ela estava acompanhada dos pais, o motorista Luis Claudio Correa, de 49, e a fiscal de caixa Jorgina Correa, de 38. Luis aproveitou a primeira vez no submarino para refletir:

— O que me impressiona no Titan são homens que se julgam inteligentes embarcarem numa aventura dessas.

No último sábado, dia 24, o espaço recebeu 637 pessoas, número 5% maior do que o do dia 3 deste mês, quando foram registrados 604 visitantes. O Espaço Cultural da Marinha fica aberto de terça a domingo. Às terças, a entrada é gratuita, enquanto, nos outros dias, custa R$ 20, sendo R$ 10 a meia. Além do Riachuelo, o público pode conhecer o caça Skyhawk, o Navio-Museu Bauru, o rebocador Laurindo Pitta, o helicóptero Sea King e os tanques SK e Cascavel.

Fonte: G1