A Crowley, que se posiciona como uma empresa marítima, de energia e de logística, é a mais recente a explorar a possibilidade de utilizar uma nova geração de microrreatores a bordo de navios para fornecer energia de emergência. Outras empresas, incluindo a Samsung, também relataram que estão explorando o uso de reatores nucleares pequenos. A companhia destaca as oportunidades para gerar energia alternativa com emissão zero de carbono para necessidades de defesa e resposta a desastres.

O armador assinou um memorando de entendimento para trabalhar com a BWX Technologies no desenvolvimento do conceito de navio de geração de energia usando um microrreator. A BWTX é fornecedora líder de componentes nucleares, combustível e serviços para o governo dos EUA.

As empresas trabalharão em conjunto para desenvolver oportunidades relativas à concepção, engenharia e desenvolvimento de novos navios de casco raso que fornecerão energia nuclear em pequena escala para locais em terra.

O conceito é que a central elétrica a bordo forneceria energia a instalações em terra, tais como bases militares em locais insulares remotos, redes de serviços públicos de reserva após desastres, e forneceria energia em cenários onde as fontes tradicionais de eletricidade estão danificadas ou não são possíveis.

Os navios teriam 115 metros de comprimento, desenvolvidos a partir da experiência da Crowley em transporte marítimo e dos projetos internos da empresa pela Crowley Engineering Services. A embarcação contará com a mais recente tecnologia disponível para microrreatores.

A Samsung está pensando em colocar reatores nucleares em barcaças e, em um conceito semelhante, a ThorCon, com sede no estado de Washington, e as autoridades de energia e inovação em pesquisa da Indonésia concordaram em explorar o conceito para aumentar o fornecimento de energia do país.

A BV juntou-se ao projeto em dezembro para desenvolver reatores como fonte de energia para a Indonésia. Os reguladores do país indicaram que emitirão uma licença experimental de operação de usina nuclear para o projeto. O objetivo é ter o fornecimento comercial de energia disponível até 2030.

Fonte: Portos e Navios