O último sábado (23) foi marcado por um espetáculo náutico que atraiu os olhares de entusiastas da vela de todo o mundo. Estamos falando da Regata Internacional Recife-Fernando de Noronha (Refeno), que teve sua largada na vibrante capital pernambucana. Com a participação de 88 veleiros, incluindo embarcações da Argentina e da África do Sul, este evento, organizado pelo Cabanga Iate Clube de Pernambuco, celebrou sua 34ª edição com o apoio inestimável da Marinha do Brasil (MB). E, para abrilhantar ainda mais a abertura, o Navio-Veleiro “Cisne Branco” e a Banda da Escola de Aprendizes Marinheiros de Pernambuco fizeram uma apresentação memorável no Marco Zero.

A corrida pelo prestigiado troféu Fita Azul

A Refeno não é apenas uma regata. Ela é considerada a maior regata oceânica do Brasil e tem uma rica história que remonta a 1986. Ano após ano, velejadores de diversas nacionalidades se reúnem para competir e conquistar o desejado troféu Fita Azul. Nesta edição, a embarcação “Adrenalina Pura”, comandada pelo habilidoso Guga Peixoto, foi a primeira a cruzar a linha de chegada após percorrer as 300 milhas náuticas (aproximadamente 560 km) em um tempo impressionante de 24 horas, 21 minutos e 47 segundos.

A segurança dos participantes é uma prioridade para os organizadores da Refeno. Para garantir que tudo corresse bem, a Marinha do Brasil empregou o Navio-Patrulha “Macau”, que realizou patrulhas durante toda a regata. Além disso, equipes de inspeção naval da Capitania dos Portos de Pernambuco vistoriaram todas as embarcações e promoveram uma palestra sobre o aplicativo NAVSEG, uma ferramenta desenvolvida em parceria com o Ministério do Turismo para reforçar a segurança na navegação em todo o Brasil. Mas nem tudo foi tranquilo: o Navio-Patrulha “Macau” teve que realizar um resgate. O velejador Ronaldo Barroca de Moraes, de 70 anos, enfrentou problemas em sua embarcação e foi prontamente socorrido pelos militares, recebendo os cuidados médicos necessários a bordo.

Fernando de Noronha: o destino final

O arquipélago de Fernando de Noronha não é apenas o ponto de chegada da Refeno, mas também um local de rica história e beleza natural. Descoberto em 1503, o arquipélago foi a primeira Capitania Hereditária do Brasil e, atualmente, é um dos destinos turísticos mais cobiçados do país. Com 21 ilhas e uma população de aproximadamente 3.140 habitantes, Fernando de Noronha é um verdadeiro paraíso que encanta a todos que têm a oportunidade de visitá-lo.