Em uma celebração marcada pela reverência à história naval, a Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha (DPHDM) comemorou, no dia 15 de agosto, os 80 anos do Navio-Museu “Bauru”. A cerimônia, realizada no Espaço Cultural da Marinha (ECM), contou com a presença do Comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen, e destacou a trajetória do navio, que desempenhou um papel crucial durante a Segunda Guerra Mundial.

História e Importância do Navio-Museu “Bauru”

O Navio-Museu “Bauru” tem suas origens na Marinha dos Estados Unidos, onde serviu como o destróier de escolta “USS McAnn”. Durante a Segunda Guerra Mundial, a embarcação foi transferida para o Brasil como parte do esforço aliado, sendo incorporada à Força Naval do Nordeste. Seu papel foi fundamental na escolta de comboios e no apoio ao serviço aéreo de evacuação das tropas aliadas, garantindo a segurança das rotas marítimas em um período crítico para a história mundial.

Sob a bandeira brasileira, o “Bauru” desempenhou missões vitais durante a guerra, navegando mais de 295 mil milhas náuticas e contribuindo para a defesa do Atlântico Sul. O navio foi crucial nas operações de escolta, protegendo embarcações mercantes e militares de ataques submarinos inimigos. Com um total de 1.423 dias de mar ao longo de seus 38 anos de serviço ativo, o “Bauru” deixou uma marca indelével na história da Marinha do Brasil.

Transformação em Navio-Museu e sua Importância Cultural no ECM

Após décadas de serviço, o “Bauru” foi transformado em Navio-Museu, sendo inaugurado nessa função em 7 de julho de 1982. Desde então, o navio tem servido como uma peça central do acervo do Espaço Cultural da Marinha, no Rio de Janeiro, atraindo visitantes interessados em conhecer de perto a história naval brasileira. O “Bauru” não só preserva a memória de sua participação na guerra, mas também educa e inspira novas gerações sobre a importância da Marinha na defesa do país.