Países latino-americanos planejam ações coordenadas entre programas antárticos

Países latino-americanos planejam ações coordenadas entre programas antárticos

Brasília (DF) sedia, até esta quinta-feira (5), a 35ª Reunião de Administradores do Programa Antártico Latino-Americano (RAPAL), com representantes de oito países, dos quais seis possuem bases científicas no continente branco. O Brasil lidera o grupo de trabalho responsável por propor estudos conjuntos sobre as mudanças na região antártica e suas consequências sobre o clima e a biodiversidade mundiais, contribuindo para o planejamento do 5º Ano Polar Internacional, marcado para 2032.

A agenda também prevê debate sobre projeto de estudo a respeito da contaminação do ambiente marinho costeiro da Ilha Rei George com microplásticos e sobre medidas de prevenção e controle de gripe aviária na região. Segundo o Almirante, a reunião é uma oportunidade de compartilhar informações e experiências entre os programas antárticos de cada país, além de aprimorar o Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR).

Após três dias de discussões será produzido um relatório final com sugestões de ação dos países latino-americanos a ser apresentado ao Comitê Científico de Pesquisa Antártica, do qual fazem parte 46 países membros. A instituição é responsável por promover, juntamente com Comitê Científico Internacional do Ártico, o Ano Polar Internacional, que visa a produzir conhecimento para ação com relevância social e incentivar a divulgação aberta de dados científicos.

O Programa Antártico Brasileiro

Criado em 1982, o Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR) é o projeto científico mais longevo do Brasil e vem garantindo progresso nos estudos sobre fenômenos naturais que ocorrem no continente gelado e que, consequentemente, influenciam o meio ambiente em todo o mundo. Anualmente, ele planeja, coordena e executa a Operação Antártica (OPERANTAR), cuja 43ª edição terá início em outubro próximo.

Os trabalhos são desenvolvidos em campo e a bordo da Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), localizada na Ilha Rei George, que conta com uma das estruturas mais seguras e modernas da região, com 17 laboratórios e tecnologia sustentável. O Navio de Apoio Oceanográfico “Ary Rongel”, o Navio Polar “Almirante Maximiano”, além das estações estrangeiras parceiras do Brasil, também são recursos utilizados na operação.

Fonte: Agência Marinha de Notícias