ANP aprova plano de avaliação de descoberta da PGN no Maranhão

ANP aprova plano de avaliação de descoberta da PGN no Maranhão

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou os planos de avaliação de descoberta (PADs) de três poços da Parnaíba Gás Natural (PGN, antiga OGX Maranhão), na Bacia do Parnaíba, no Maranhão. Os poços são “Fazenda Axixá”, “Fazenda São Francisco” e “Fazenda Roseno”, localizados no bloco PN-T-85.

De acordo com decisão da diretoria da autarquia, foi exigido, como compromisso firme, que a PGN faça o reprocessamento sísmico de 711 km de linhas 2D; a aquisição e o processamento de 355,849 km de sísmica 2D; e a perfuração de um poço exploratório. As atividades deverão ser feitas até janeiro de 2016.

Após essa data, a companhia pode decidir pela extensão do PAD, com o compromisso de perfurar novos poços contingentes. A ANP não divulgou o investimento previsto nos PADs.

A decisão da ANP foi tomada em reunião realizada em 23 de julho, porém aprovada apenas nesta semana. No mesmo mês, a agência já havia aprovado outros sete PADs da PGN, em outros três blocos na Bacia do Parnaíba.

A PGN é o braço da Óleo e Gás Participações (OGPar, antiga OGX) para a exploração e produção de gás natural na Bacia do Parnaíba. O recurso é utilizado principalmente para abastecer o complexo termelétrico do grupo “X”, de Eike Batista, no interior do Maranhão.

A OGPar possui hoje 36,36% do capital da PGN. Os demais sócios são Eneva (ex-MPX, com 18,18%), a alemã E.On (9,09%) e a Cambuhy Investimentos, da família Moreira Salles (36,37%). A PGN é operadora dos sete blocos que possui na Bacia do Parnaíba.

Na última semana, a OGPar realizou um leilão para a venda de sua participação na PGN. Mas a concorrência não teve interessados. A licitação estava prevista no plano de recuperação judicial da OGPar, que desistiu de negociar diretamente sua fatia na empresa para a Cambuhy Investimentos, por R$ 200 milhões.

Entre outras decisões aprovadas nesta semana, a ANP também indeferiu o PAD da Petrobras para o poço 1-BRSA-1081-ESS, no bloco marítimo ES-M-414, na Bacia do Espírito Santo. Segundo a autarquia, a companhia precisa se comprometer, de maneira firme, a perfurar pelo menos um poço exploratório, para ter a aprovação do plano.

Ainda com relação à Petrobras, a ANP aprovou o plano de desenvolvimento do campo de Baixa do Algodão, na Bacia Potiguar, operado pela estatal. Não há informação do valor de investimento previsto no plano.

Ontem, a Petrobras retomou a produção na plataforma PNA-1, localizada no campo de Namorado, na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro. A produção na unidade, de 2,4 mil barris/dia, estava interrompida desde quarta-feira, devido a um incêndio e um vazamento em uma das linhas do equipamento de separação de água oleosa.

Segundo o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), o fogo começou durante um trabalho de solda. Em nota, a Petrobras disse que o incêndio ocorreu durante a manutenção de uma viga da estrutura metálica da plataforma.

A Petrobras informou que o foco de incêndio foi apagado por um operador e pelo técnico de segurança da unidade. A companhia acrescentou que nenhuma pessoa ficou ferida e que embarcações especializadas e sobrevôo de helicóptero não identificaram manchas de óleo no mar.

O sindicato informou ainda que a produção também foi interrompida em algumas plataformas do entorno. A Petrobras não confirma a informação.

Fonte: Valor EconômicoRodrigo Polito e Alessandra Saraiva | Do Rio