Governo brasileiro reforça vigilância contra vírus ebola

Governo brasileiro reforça vigilância contra vírus ebola

Oficiais de fronteira receberam instruções para identificar os viajantes que tenham o vírus

O governo reforçou recomendações às equipes de saúde encarregadas de atender a passageiros que apresentaram durante a viagem ao Brasil problemas como febre, diarreias ou hemorragias. A medida, na avaliação do Ministério da Saúde, é suficiente para identificar de forma rápida casos de uma eventual contaminação por ebola em viajantes — vírus que de acordo com a Organização Mundial da Saúde é responsável por epidemia que até agora atingiu mais de 1.300 pessoas e provocou 887 mortes na África Ocidental.

Medidas mais drásticas, como a suspensão de voos, não estão sendo analisadas. Pela rotina, a tripulação é orientada a encaminhar a agentes sanitários instalados em portos e aeroportos brasileiros pessoas que apresentem sintomas de doenças cuja causa não é identificada. Depois do desembarque, o viajante é encaminhado para uma área remota e, então, é avaliada por profissionais de saúde.

Portos

O governo da Malásia elevou o alerta nos mais importantes portos de entrada do país e no aeroporto de Kuala Lumpur, com o objetivo de prevenir que pessoas infectadas com o vírus do ebola passem por suas fronteiras, informou nesta segunda-feira (4) a imprensa local.

Os oficiais de fronteira receberam instruções de extremar as precauções para identificar possíveis viajantes que portem o vírus, disse em entrevista coletiva o ministro da Saúde malaio, Seri Subramaniam.

A doença

Transmitida por contato direto com o sangue e fluidos corporais de pessoas ou animais infectados — causa hemorragias graves e pode ter uma taxa de mortalidade de 90%.

Para o secretário de Vigilância do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, “a atenção é praxe, e é dada para sintomas de voos procedentes de todos os locais, não apenas de regiões africanas”.