Grupo planeja construir termelétrica de R$ 2,8 bilhões no porto de Suape
A companhia gaúcha Bolognesi, que atua nas áreas de energia e infraestrutura, terá uma nova termelétrica no complexo portuário de Suape, em Pernambuco.
Com um investimento de R$ 2,8 bilhões, a usina será movida a gás natural e terá potência de aproximadamente 1.200 megawatts (MW).
A companhia comprou, por meio de licitação, uma área no espaço industrial do porto, onde pretende erguer o empreendimento.
O início das obras está atrelado ao leilão de energia que o governo federal deverá realizar em setembro.
“Um projeto desse porte precisa ter os contratos de venda firmados para poder estruturar o seu capital”, diz Paulo César Rutzen, vice-presidente executivo do grupo.
Em média, 30% do aporte deverão sair do empreendedor e 70% de financiamentos de bancos de fomento, de acordo com Rutzen.
Os projetos contratados no leilão terão de entregar a eletricidade a partir de 2019.
O gás natural que será utilizado pela termelétrica deverá ser importado em navios na forma de GNL (liqüefeito). Após a chegada em Suape, o produto desembarcará em um píer de regaseificação.
“Temos uma parceria fechada para o fornecimento do GNL. Com o combustível importado, não dependeremos do gás interno, o que dará um coeficiente de segurança alto para a operação.”
O Bolognesi tem 15 usinas, entre termelétricas, eólicas, hidrelétricas e de biomassa. A empresa comprou em maio, por R$ 700 milhões, duas térmicas do grupo Bertin.
Fonte: Folha de São Paulo