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PF indicia 12 executivos e suposto operador do PMDB
A Polícia Federal (PF) indiciou por corrupção 12 executivos das empreiteiras Mendes Júnior, OAS, Galvão Engenharia e Queiroz Galvão, além do suposto operador do PMDB na Petrobras, Fernando Soares, presos e investigados durante a sétima fase da operação Lava-Jato.
O indiciamento significa apenas que a PF está convencida de que os dirigentes e funcionários de algumas das maiores empreiteiras do país praticaram ainda crimes de lavagem de dinheiro, fraude à Lei de Licitações, falsidade ideológica e falsificação de documentos.
Foram indiciados na Mendes Júnior: o vice-presidente Sergio Cunha Mendes; o gerente financeiro Flávio Sá Motta Pinheiro, Rogério Cunha de Oliveira e Angelo Alves Mendes.
Na OAS: o presidente José Aldemário Pinheiro Filho; o vice-presidente do conselho de administração, Mateus Coutinho Sá Oliveira; o diretor Agenor Franklin Magalhães; José Ricardo Nogueira Breghirolli – apontado como o contato do doleiro Alberto Youssef na OAS -; e o advogado da empreiteira, Alexandre Portela Barbosa.
Também foram indiciados Erton Galvão Fonseca, da Galvão Engenharia e os executivos da Queiroz Galvão, Othon Zanoide de Moraes e Ildefonso Colares Filho.
No relatório em que justifica os indiciamentos, a delegada Erika Marena ressalta as doações feitas pelas empresas “para partidos políticos”.
A PF suspeita que as doações lícitas de campanha, registradas na Justiça Eleitoral, tenham sido financiadas com verbas desviadas da Petrobras.
Sobre a Mendes Júnior, a PF destacou: ” O esquema criminoso vinha sendo bem-sucedido em razão de a ele ser aquiescido uma série de personagens, desde os ‘meros’ couriers, até os grandes pagadores de propinas, cujo objetivo era a obtenção de facilidades nos contratos com a Petrobras”.
A PF também mencionou em um dos relatórios dos indiciamentos que a análise do material apreendido no escritório de Youssef em São Paulo apontou a existência de contratos de fachada entre empreiteiras e a GFD – empresa que a PF reputa existir apenas no papel.
Os indiciamentos dos executivos das empreiteiras investigadas pela operação Lava-Jato ocorrem na iminência da denúncia criminal que será apresentada amanhã pelo Ministério Público Federal.
Os procuradores da República que integram a força-tarefa do MPF vão pedir ao juiz federal Sergio Moro, da 13ª Vara Criminal de Curitiba, que os executivos sejam processados por corrupção, formação de cartel, organização criminosa, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, entre outros crimes.
Fonte: Valor / André Guilherme Vieira e Letícia Casado | De Curitiba