11ª Navalshore: Mão de obra qualificada é desafio para o futuro da indústria naval e offshore

11ª Navalshore: Mão de obra qualificada é desafio para o futuro da indústria naval e offshore

A capacitação e especialização de mão de obra estão entre os principais desafios da indústria naval brasileira. De acordo com dados do Sinaval (Sindicato Nacional da Indústria de Construção e Reparação Naval e Offshore), com a construção de quatro novos estaleiros, cerca de 30 mil empregos deverão ser gerados nos próximos dois anos e os profissionais do setor precisam estar preparados para as exigências do mercado. Necessidades e alternativas para qualificação serão debatidas por especialistas durante as conferências que acontecem na Marintec South America – 11ª Navalshore, realizada de 12 a 14 de agosto, no Rio de Janeiro.

“A busca por treinamento tem crescido muito nos últimos três anos, principalmente em decorrência de incidentes que levaram a um denominador comum: a necessidade de capacitar tecnicamente a tripulação”, explica Cinthya Eliza Lopes Zeballos Dias, gerente de vendas da Kongsberg Maritime Training do Brasil e uma das palestrantes do segundo painel da Marintec South America, no dia 13 de agosto.

Posicionamento dinâmico e automação – Segundo Cinthya, os treinamentos nas áreas de posicionamento dinâmico e automação, especializações que a indústria naval mais demanda, são os mais procurados na Kongsberg. “Os treinamentos representam mais segurança para o profissional, que evita falhas e gera diminuição de custos. Cada acidente resulta em aumento de gastos para a empresa. Acidentes e custos diminuem como consequência da segurança e da qualificação”, diz Cinthya.

Soldadores

Outra demanda da indústria referente à mão de obra é sobre os soldadores. Presidente do estaleiro Levefort, Carlos Paggiaro confirma a dificuldade de encontrar profissionais. “Temos dificuldade para encontrar mão de obra qualificada. A rotatividade no setor é muito alta, principalmente na área de soldagem”.

“Na soldagem, os problemas mais comuns são os de execução dos procedimentos corretos. Se algum dos requisitos necessários não for atendido na execução (como a temperatura e a velocidade), a falha não pode ser evitada”, diz o engenheiro José Luís Rodrigues da Cunha, especialista no assunto e que falará no Workshop ABS, que acontece durante a Marintec South America.

Na visão do engenheiro, a saída é investir em treinamento teórico e prático. “É fundamental que exista adequação de mão de obra à demanda atual da indústria”.

Fonte: Portos e Navios