Acesso ao Porto de Santos, SP, permanece bloqueado em quinto dia de greve

Acesso ao Porto de Santos, SP, permanece bloqueado em quinto dia de greve

Apesar da tentativa do Governo negociar com os caminhoneiros uma trégua na paralisação, os acessos ao Porto de Santos, no litoral de São Paulo, permanecem bloqueados na manhã desta sexta-feira (25), pelo quinto dia consecutivo. A categoria pede redução no preço de combustíveis e aumento no valor do frete.

Às 8h, os caminhoneiros que estavam na Alemoa começaram uma carreata em direção ao Centro de Santos. Com faixas dizendo ‘A greve continua’, os caminhões causam transtornos no trânsito por onde passam. Ainda não há informações sobre onde e quando a carretada será finalizada.

Desde segunda-feira (21), os caminhoneiros realizam protestos na região da Baixada Santista e Vale do Ribeira. Ao G1, manifestantes que integram os movimentos de bloqueio na Margem Direita do cais, em Santos, e na Margem Esquerda, em Guarujá, afirmaram que, mesmo após o anúncio de acordo feito pelo Governo, o protesto está mantido na região. Segundo eles, é preciso que ocorra um acordo definitivo para a real redução dos custos tarifários aplicados na venda de combustível.

Porto de Santos

A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) informou que, desde segunda-feira (21), quando começou o protesto de caminhoneiros por todo o país contra o aumento do diesel, o Porto de Santos, o maior do Brasil, não registra acesso de veículos rodoviários de cargas em suas instalações. Em paralelo, os estivadores anunciaram que devem aderir ao movimento nos próximos dias.

Apesar disso, as operações de atracação e desatracação de navios, e embarque e descarga de mercadorias ocorrem normalmente. Os terminais estão operando com produtos armazenados ou que chegam por ferrovia e dutovia, sem qualquer comprometimento.

Os terminais do Porto de Santos iniciaram, na quarta-feira (23), o racionamento de combustível para manter as operações internas nas empresas. Entidades do alertaram para falta de espaço para armazenamento de cargas desembarcadas de navios, e pedem intervenção de força policial para uma solução rápida.

A Associação Brasileira de Fornecedores de Navios (ABFN) alertou em comunicado, nesta quinta-feira, para a falta de mantimentos para a tripulação dos cargueiros. Segundo a ABFN, sete navios foram obrigadas deixar o porto nos últimos dias sem o consumo de bordo. São 25 trabalhadores por embarcação.

Combustível

Em diversas cidades, moradores enfrentam escassez de combustíveis nos postos e preços abusivos. A entidade sindical que representa os postos de combustíveis nas regiões da Baixada Santista e do Vale do Ribeira, afirmou que na maioria dos estabelecimentos já não há álcool e gasolina.