Agentes penitenciários rejeitam proposta do governo e mantêm greve em SP

Agentes penitenciários rejeitam proposta do governo e mantêm greve em SP

Greve dos agentes de São Paulo atingiu 80 das 158 unidades do Estado

Na noite desta terça-feira (11), assembleias realizadas em 13 das 14 sedes do Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo (Sindasp) definiram a continuidade da greve da classe. Em Presidente Prudente, sede estadual do sindicato, a votação para manter a paralisação foi unânime entre os cerca de 80 sindicalistas. Nove unidades se manifestaram a favor da paralisação, por não aceitarem as propostas oferecidas pelo governo do Estado.

De acordo com o diretor de comunicação do sindicato, Ismael Manoel dos Santos, nesta sexta-feira (14), um novo encontro deve realizado para definir o andamento da greve, que teve início na segunda-feira (10).

A categoria reivindica diversos benefícios, entre eles, bônus para os profissionais, correção do auxílio-alimentação, fim do teto base, convocação remunerada durante a realização de blitz, bico legalizado, o aumento do quadro de servidores, a restruturação da carreira e reajuste salarial de 20,64%, referente à inflação acumulada de 2007 a 2012, além de 5% de aumento real.

De acordo com o Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo (Sindasp), 88 das 158 unidades prisionais do estado tiveram as atividades afetadas pela paralisação dos servidores, conforme levantamento do final da tarde de ontem (11). Novos dados devem ser divulgados à tarde. A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) informou, por outro lado, que apenas 20% das unidades tiveram alguma atividade paralisada em razão da greve.

Na manhã desta terça-feira (11/2), sindicalistas barraram a entrada e saída de caminhões e um ônibus com detentos nas penitenciárias de Martinópolis, onde 14 caminhões tentaram entrar, e Presidente Prudente, onde os servidores colocaram uma tubulação de concreto para impedir que um veículo com presos saísse. Os automóveis permaneceram lacrados e parados na rodovia que dá acesso aos presídios até conseguirem negociar com os servidores e seguirem o transporte dos presos.

Fonte: G1 / Foto: ilustrativa – Antigo Complexo Carandiru