Ameaça ao Brasil, Alemanha tem histórico de estraga-prazer em Copas

A seleção alemã pode eliminar o Brasil no Mineirão nesta terça-feira, às 17h (de Brasília). Mas tirar o país anfitrião da Copa do Mundo seria apenas mais um item na lista de momentos em que os alemães foram “estraga-prazeres” na história dos Mundiais.

O Brasil não é exatamente o time-sensação da Copa deste ano, mas os alemães podem ser os protagonistas da maior tragédia do futebol neste país desde 1950. Basta que vençam a seleção nesta terça no Mineirão. Seria mais um ponto para o currículo do time mais estraga-prazeres da história dos Mundiais.

Veja alguns casos em que o time-sensação da Copa foi sufocado pelo pragmatismo dos alemães.

O austríaco Matthias Sindelar era talvez o melhor jogador europeu dos anos 1930. Graças a sua habilidade, a seleção austríaca havia se tornado o time a ser batido desde o Mundial anterior, onde encantou o mundo com um futebol envolvente e de muitos gols na Itália.

Sob o comando de Sindelar, a Áustria aplicava goleadas nas maiores seleções do continente e foi o primeiro time a vencer por mais de dois gols a Inglaterra jogando na ilha. A Copa de 38 seria a consagração do melhor time e do melhor jogador do mundo, mas havia a Alemanha.

Antes do torneio começar, Adolf Hitler anexou a Áustria e dissolveu a seleção nacional, obrigando os principais jogadores austríacos a se incorporarem à seleção alemã que jogaria a Copa. Sindelar se recusou. O Mundial ficou sem o time-sensação e sem o craque do momento. O austríaco morreria pouco tempo depois, em circunstâncias até hoje misteriosas (dizem que ele pode ter sido morto por causa de sua oposição ao nazismo).

O primeiro título mundial alemão foi uma vitória do pragmatismo sobre a beleza. Campeã olímpica em 1952, a Hungria tinha Ferenc Puskas e era a seleção favorita para a Copa da Suíça. Antes da final, o time vinha de mais de quatro anos de invencibilidade e goleadas na primeira fase sobre Brasil, Uruguai e a própria Alemanha.

Fonte: Uol Copa