ANP dá aval à plano da Shell para os campos de Bijupirá e Salema

ANP dá aval à plano da Shell para os campos de Bijupirá e Salema

A ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) aprovou um plano da Shell para o redesenvolvimento dos campos de Bijupirá e Salema, na Bacia de Campos. O anúncio foi feito pela companhia anglo-holandesa ontem, quinta-feira (4).

Os campos são os primeiros no país a serem operados por uma empresa estrangeira em escala comercial.

No projeto, a Shell apresentou uma forma de reduzir o declínio natural, já que os ativos produzem desde 2003, de acordo com o diretor de assuntos regulatórios da empresa, Flávio Rodrigues.

“O plano traz uma atualização para adequar ao desenvolvimento”, disse Rodrigues à Reuters.

Os ativos são operados pela Shell, com 80% de participação, em parceria com a Petrobras.

Os dois campos produzem, atualmente, cerca de 28 mil barris de óleo equivalente (boe) por dia, segundo a assessoria de imprensa da Shell.

O volume é equivalente a quase 30% da produção dos campos operados no país pela Shell –maior operadora privada do Brasil–, que foi de 96 mil boe/dia em julho.

Os outros 68 mil boe/dia operados pela Shell são produzidos pelo Parque das Conchas, também na Bacia de Campos.

Entre 2013 e este ano, a empresa realizou a perfuração de quatro novos poços produtores em Bijupirá e Salema, segundo informou a assessoria. Atualmente, Bijupirá e Salema têm 12 poços produtores e 6 injetores.

Ao aprovar o plano, em reunião de diretoria de 18 de agosto, a ANP fez duas determinações, que constam em ata de reunião de diretoria publicada nesta quinta-feira, no site da autarquia.

Dentre as determinações, a ANP espera que a Shell envie avaliações e resultados sobre um determinado poço até meados de 2015 e entregue, até o fim de 2016, uma nova revisão dos planos de desenvolvimento das duas áreas.

O próximo plano deverá conter, dentre outras questões, dados sísmicos diversos, atualizações de informações sobre as áreas, modificações e ampliações na infraestrutura de produção.

Fonte: Folha de São Pauloda Reuters