Antaq discute importância da navegação fluvial na Amazônia

Tema foi destaque na reunião anual da SBPC, em Rio Branco

O diretor da Antaq (Agência Nacional de Transporte Aquaviário), Adalberto Tokarski, participou da reunião anual da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), em Rio Branco, cujo tema central do encontro é Ciência e Tecnologia em uma Amazônia sem Fronteiras. Tokarski palestrou sobre a importância, os desafios e a segurança da navegação fluvial na Amazônia.

Comparando com outros países, o diretor da Antaq ressaltou que o custo do transporte por água é mais barato e ambientalmente correto, que as nações que investem no transporte são as mais desenvolvidas do mundo e que os países do norte da Europa que mais investiram nesse tipo de transporte foram os primeiros a sair da crise mundial. Além disso ele ressaltou que a Europa e os EUA incentivam a construção de terminais intermodais às margens dos rios sempre que possível com integração ferroviária.

Entre 1995 e 2005, a Europa investiu 800 bilhões de euros no transporte, sendo 64% para o modal rodoviário; 32% para o ferroviário; 3% para o setor portuário e apenas 1% para hidrovias. Segundo o executivo, mesmo assim, o crescimento no transporte hidroviário foi de 14,5%. “Com estes dados da Europa, podemos, sim, crescer bastante o volume de produtos movimentados em nossos rios, até com um volume de recursos pequenos em relação a outros modais”, completou.

Tokarski afirmou que “o transporte hidroviário é, mundialmente, uma ótima solução para a diminuição de custos logísticos e, paralelamente, menos poluidor do que outros meios de transporte. Ele ponderou ainda que o Brasil possui vasta malha de rios potencialmente utilizáveis para o transporte hidroviário; e que há um crescimento da utilização dos rios navegáveis disponíveis no território brasileiro, fato que deve demandar maior investimentos, visando transformar os rios em hidrovias stricto sensu.

Fonte: Guia Marítimo
Transporte Fluvial no Amazonas – Foto – Ricardo Ribas