Argentina quer mudar história ao vencer segunda final contra a Alemanha

Argentina quer mudar história ao vencer segunda final contra a Alemanha

‘Este é um jogo de cara ou coroa. Saímos campeões ou não serve de nada’, diz Maxi Rodríguez

A bicampeã Argentina e a tricampeã Alemanha são velhas conhecidas. No jogo deste domingo, às 16h, no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, eles se reencontrarão pela sétima vez em Copas. Embora os argentinos só tenham vencido uma vez — contra três vitórias dos alemães e dois empates —, foi no momento correto: numa final, em 1986. No Mundial seguinte, foi a vez do troco, na Itália. Nunca uma final foi tão repetida.

— Vamos enfrentar uma grande seleção, a Alemanha, que sempre encontramos em Mundiais — ressaltou nesta quinta-feira, na Cidade do Galo, o atacante Agüero, que joga, após recuperar-se de lesão na coxa direita. — Agora, temos que corrigir nossos erros. Estamos na final e temos que jogar como for e tratar de ganhar.

Em 86, a Argentina tinha um grande craque, Diego Maradona, no auge, que pode ser comparado a Lionel Messi. Quatro anos depois, passou para as finais graças à eficiência do goleiro Goycochea na disputa de pênaltis contra a Itália, na semifinal, o que foi muito lembrado quando Romero defendeu duas cobranças de holandeses, na quarta-feira. Mas é a última imagem que fica, e ela é dolorosa para a Argentina.

Terceiro mundial seguido

Na África do Sul, a Alemanha passou com facilidade. Então técnico argentino, Diego Maradona foi quase tão criticado por suas opções táticas quanto atualmente está sendo o brasileiro Luiz Felipe Scolari. Na Cidade do Cabo, foram goleados por 4 a 0 e pararam nas quartas de final. Os gols foram marcados por Müller, Klose (2) e Friedrich, os dois primeiros ainda presentes na seleção alemã. Na Copa anterior, na Alemanha, os donos da casa os desclassificaram também nas quartas. Daquela vez, a vitória veio nos pênaltis. Presente nas duas últimas eliminações, o meia Maxi Rodríguez.

— Este é um jogo de cara ou coroa. Saímos campeões ou não serve de nada. De qualquer maneira, o mais importante foi passar pela barreira das quartas de final. Especialmente para os mais velhos do time, pois vínhamos de dois Mundiais com muita bronca e raiva. Quando passamos as quartas (ao eliminar a Bélgica), foi uma alegria imensa. Agora, estamos em um lugar de privilégio. Vamos aproveitar até o início da partida. Viemos de um país muito sofrido, e queremos dar esta alegria — destacou o jogador, embora comece no banco de reservas domingo, é uma das lideranças da equipe.

Depois de ver a Alemanha vencer o Brasil por 7 a 1, há um evidente preocupação com o domínio do meio-campo, ponto considerado determinante para a goleada. Entre os argentinos, há consenso de que a partida histórica aconteceu em um dia em que tudo deu certo para os alemães e nada para os brasileiros. Para evitar cair no mesmo erro, a Argentina repetirá a postura e a escalação do time que enfrentou a Holanda. Uma mudança só acontecerá se Di María se recuperar a tempo.

— Se pudermos controlar a bola é melhor, porque nos dará mais tranquilidade. Essa é a partida que sonhamos quando saímos da Argentina. Temos um adversário muito duro e agressivo, mas temos que pensar primeiro na Argentina. Se jogarmos bem, podemos ganhar de qualquer um — afirmou Maxi Rodríguez.

Fonte: O Globo
Foto: EBC