Brasil cai para 46ª posição no ranking de competitividade global da Firjan
O Brasil ocupa a 46ª posição entre 66 países no Índice Firjan de Competitividade Global (IFCG), estudo que avalia eficiência do estado, ambiente de negócios, infraestrutura e capital humano. Singapura lidera o ranking, seguida por Suíça e Dinamarca, enquanto o Paquistão ocupa a última posição. Há uma década, o Brasil estava em 40º lugar, tendo perdido seis posições.
A qualidade da educação foi apontada como um dos principais desafios, dificultando a formação de mão de obra qualificada para atender às demandas tecnológicas, segundo Luiz Césio Caetano, presidente da Firjan. Ele enfatizou a necessidade de políticas públicas para elevar a competitividade nacional, citando as propostas da federação no documento “Propostas Firjan para um Brasil 4.0”. No pilar “Capital Humano”, o Brasil aparece na 33ª colocação, prejudicado pelo baixo investimento em educação e pesquisa. Enquanto países como Israel e Coreia do Sul investem, em média, US$ 22 mil por aluno anualmente, o Brasil gasta apenas US$ 3,7 mil. Em pesquisa e desenvolvimento, o Brasil destina 1,2% do PIB, comparado aos 4,6% da Coreia do Sul.
Em “Eficiência do Estado”, o Brasil está na 52ª posição, com baixos índices de controle da corrupção, eficácia governamental e segurança jurídica. No pilar “Ambiente de Negócios”, o país está em 51º, com destaque negativo para a instabilidade política e qualidade regulatória, ambas inferiores às de países como Argentina e Chile. No pilar de infraestrutura, o Brasil ocupa a 47ª colocação. A taxa de investimento anual de 18% está bem abaixo de países como China (43%) e Índia (33%). Além disso, o tempo médio para acesso a energia elétrica no Brasil é de 128 dias, mais que o dobro dos 53 dias registrados na Índia.
Fonte: Portos e Navios