Brasil na Antártica: Uma Jornada de Descobertas e Preservação

Brasil na Antártica: Uma Jornada de Descobertas e Preservação

O mês de outubro de 2023 foi o marco do início de uma das mais ambiciosas missões brasileiras no continente antártico: a 42ª Operação Antártica. Sob a égide do Programa Antártico Brasileiro (Proantar), dois navios, o “Ary Rongel” e o “Almirante Maximiano”, partiram da Base Naval da Ilha das Cobras, no Rio de Janeiro, rumo ao extremo sul do planeta. A bordo, cerca de 150 pesquisadores estão prontos para desenvolver 23 projetos científicos, que vão desde estudos sobre a biodiversidade até análises atmosféricas que ajudam a compreender fenômenos climáticos que afetam o Brasil.

A Importância da Pesquisa In Loco

A coordenadora-geral de Ciências para Oceano e Antártica do MCTI, Andréa Cancela da Cruz, destaca a singularidade da Antártica como um “laboratório natural” com mínima interferência humana. O Proantar não é apenas uma iniciativa de um governo específico, mas um programa de Estado que, há 42 anos, realiza pesquisas contínuas na região, independentemente das mudanças políticas. O MCTI, enquanto gestor científico do programa, não só apoia as pesquisas, mas também se dedica à divulgação dos resultados, sensibilizando a sociedade sobre a crucial importância da preservação da Antártica e dos ecossistemas globais.

Conquistas e o Futuro da Pesquisa Antártica

Ao longo das décadas, o Brasil tem sido protagonista em diversas pesquisas no continente gelado. Estudos sobre oceanografia, biodiversidade com potencial farmacêutico, e análises atmosféricas são apenas alguns exemplos do impacto positivo do Proantar. Leandro Pedron, diretor do Departamento de Programas Temáticos da Secretaria de Políticas e Programas Estratégicos do MCTI, reforça a importância da 42ª Operação Antártica para a pesquisa científica e a preservação ambiental. Além disso, há grandes expectativas para 2025, quando um novo Navio Polar será incorporado ao programa, fortalecendo ainda mais a presença e competência brasileira na região.

Compromisso Internacional

O Brasil não apenas realiza pesquisas na Antártica, mas também tem um papel ativo nas decisões sobre o futuro do continente, graças à sua condição de membro consultivo do Tratado da Antártica. Haynnee Trad Souza, encarregada da Divisão de Relações Internacionais do PROANTAR, destaca que o programa é essencial para que o Brasil mantenha essa posição influente e continue a cooperar com outros países na preservação e estudo desse ambiente único.

Fonte: Defesa em Foco