Burocracia e tributação podem paralisar o transporte marítimo do País
Para presidente da Fenamar, excesso de tributação está entre os principais entraves do setor brasileiro
A burocracia e o excesso de tributação estão entre os principais entraves para o transporte marítimo brasileiro, juntando-se aos já conhecidos gargalos da infraestrutura.
Segundo Waldemar Rocha Júnior, presidente da Fenamar (Federação Nacional das Agências de Navegação Marítima), os custos dos transportes são em grande parte, resultado dos baixos investimentos aplicados nos portos nos últimos 12 anos, que, agora, o Governo tenta compensar com a Lei 12.815, de junho de 2013, gerando mais polêmicas e ações judiciais do que investimentos, propriamente ditos.
Segundo o executivo, o Porto sem Papel é uma tentativa de reduzir os efeitos danosos da burocracia. Ele explica que no Porto de Santos, por exemplo, a liberação das cargas demora, em média, 16 dias, tempo suficiente para um navio viajar de Cingapura ao Brasil.
Os acessos rodoviários e ferroviários estão ultrapassados e frequentemente proporcionam cenas de imensos congestionamentos, que paralisam estradas, cidades, e até regiões inteiras, como ocorre na Baixada Santista, a cada safra de soja ou de açúcar.
Para ele, se os portos brasileiros não tiverem uma grande área operacional, com estacionamento para caminhões, infraestrutura de retroárea e acessos rápidos por rodovias e ferrovias, as cidades portuárias serão estranguladas, como já vem ocorrendo.
Fonte: Guia Marítimo