Chuvas provocam paralisação das operações no Porto de Paranaguá
Volume de chuva registrado em janeiro deste ano, em Paranaguá, foi 356,4% maior que no mesmo mês de 2020
Segundo o levantamento da empresa pública Portos do Paraná, as chuvas paralisaram em parte as operações portuárias, que somaram 12,6 dias (mais de 302 horas) no mês. O tempo é cerca de 82% maior que os 6,9 dias (pouco mais de 165 horas) registrados em janeiro do ano passado. Os números consideram o embarque de graneis como soja, milho e farelo.
“Em portos do mundo todo, não é possível operar grãos com tempo úmido. A natureza da carga não permite e a qualquer sinal de chuva, os navios atracados paralisam as operações. Os porões só voltam a abrir quando o comandante do navio tem segurança de que a carga não será molhada e não corre o risco de estragar”, explicou o diretor de Operações da empresa pública, Luiz Teixeira da Silva Junior, em nota.
As operações que seguem mesmo debaixo de chuva são as dos contêineres, de veículos, de carga geral (com exceção de papéis e sacaria), sal e dos graneis líquidos (feita em tubulações e tanques fechados).
Os usuários dos portos do Paraná não pagam pelo período que o navio fica atracado no cais, paralisado pela chuva. “Nos boletins diários dos navios, são anotados o tempo que a embarcação permaneceu parada devido ao mau tempo. No fechamento, são descontados esses períodos. O usuário não paga, apesar do atraso nas operações e na produtividade”, disse Teixeira.
Volume
Segundo o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), este ano, em janeiro, foram 563,2 milímetros de chuva registrada em Paranaguá. Nos 31 dias de janeiro, em 2020, foram 123 milímetros.