CPI pode investigar porto de Suape, afirma Eduardo Campos

O presidenciável pelo PSB, Eduardo Campos, voltou a dizer que não vê problema em uma possível ampliação da CPI que investiga a Petrobras para apurar as atividades do Complexo Industrial Portuário de Suape, no Grande Recife; segundo o ex-governador de Pernambuco, todas as contas relacionadas a Suape estão disponíveis para averiguação de qualquer órgão público; “Se tem algo que preciso ser apurado no Porto de Suape, precisa ser apurado”, afirmou; “Essa regra vale pra tudo”, acrescentou, defendendo a CPI da Petrobras

O presidenciável pelo PSB, Eduardo Campos, voltou a dizer que não vê problema em uma possível ampliação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a Petrobras para apurar as atividades do Complexo Industrial Portuário de Suape, na Região Metropolitana do Recife (PE). Segundo o ex-governador de Pernambuco, que em outubro deve enfrentar a presidente Dilma Rousseff (PT) na eleição presidencial, todas as contas relacionadas a Suape estão disponíveis para averiguação de qualquer órgão público. “Se tem algo que preciso ser apurado no Porto de Suape, precisa ser apurado”, afirmou o presidenciável, nesta segunda-feira (5), durante entrevista na Rede Bandeirantes. “Essa regra vale pra tudo”, acrescentou, defendendo a investigação contra a Petrobrás.

Uma CPI ampliada investigaria, além do Porto de Suape, o caso Alstom, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), estado que é o reduto eleitoral do senador Aécio Neves (PSDB-MG), ex-chefe do Executivo mineiro, e a suposta formação de cartel em três governos tucanos no estado de São Paulo. Ou seja, uma apuração mais amplia pode prejudicar as campanhas eleitorais de Campos e de Aécio.

O ex-chefe do Executivo pernambucano defendeu a administração realizada em Suape durante a sua gestão. “Suape, no nosso governo, viveu o maior ciclo de investimentos de toda a sua história. Todas as suas contas estão a disposição dos órgãos de controle. Para qualquer órgão de controle, seja uma CPI, o Tribunal de Contas ou o Ministério Público”, disse.

Na última sexta-feira (2), o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), defendeu a inclusão de outros temas na CPI da Petrobras. O pedido já havia sido feito pelo PT e, mesmo após a ministra Rose Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), dar parecer favorável à criação de uma CPI exclusiva para investigar a estatal, o parlamentar afirmou que, até o dia 11 de maio, será instalada uma CPI para investigar o Metrô de São Paulo.

O inquérito contra a Petrobras vai apurar a compra de uma refinaria em Pasadena (EUA), em 2006. Na época, a estatal adquiriu metade do empreendimento por R$ 360 milhões, valor muito superior aos R$ 42,5 milhões desembolsados, um ano antes, pela empresa belga Astra Oil, para adquiri a totalidade da empresa.

Entretanto, de acordo com duas cláusulas no contrato – Put Option e Marlim –, se houvesse desentendimento entras as empresas sócias, uma delas seria obrigada a adquirir a outra parte do empreendimento. Em consequência da compra da refinaria, a Petrobras calcula que teve um prejuízo de cerca de US$ 1,9 bilhão.

Na época, a presidente Dilma comandava o colegiado internacional da empresa, e afirmou que só permitiu a compra devido ao recebimento de “relatórios falhos”. Já o ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nelson Cerveró afirmou que as cláusulas não precisaram ser levadas ao conselho de administração por não serem “relevantes”.

Fonte: Pernambuco 247