DNV e parceiros concluem que não há barreiras técnicas para navios de CO2 de baixa pressão

DNV e parceiros concluem que não há barreiras técnicas para navios de CO2 de baixa pressão

A Equinor, Gassco, Shell, TotalEnergies e a líder do projeto DNV descobriram que não há impedimentos tecnológicos para uma cadeia de transporte de navios de CO2 de baixa pressão. As empresas parceiras realizaram estudo no âmbito do “CO2 Efficient Transport via Ocean (Ceto)” [Transporte Eficiente de CO2 via Oceano, em português], projeto conjunto que culminou com o lançamento de um relatório. O Ceto foi financiado pelos parceiros do projeto e pela Gassnova — empresa estatal norueguesa de captura e armazenamento de carbono — por meio do programa CLIMIT-Demo.

Para que a Captura e Armazenamento de Carbono (CCS) desempenhe um papel significativo em ajudar o mundo a reduzir as emissões, transportar grandes quantidades de CO2 será vital. Os oleodutos serão uma opção, mas onde a fonte de captura e os locais de armazenamento não puderem ser facilmente conectados, o transporte por navio será crucial. Para atingir a escala necessária para a viabilidade comercial nos navios, soluções de baixa pressão (aproximadamente 7 bar a -49ºC) são consideradas uma alternativa atraente.

Durante o processo de Qualificação Tecnológica, os parceiros do projeto examinaram aspectos fundamentais da cadeia de valor do transporte de navios de CO2. A produção de CO2 líquido, as características e impurezas no CO2 líquido que poderiam afetar o transporte, o conceito da planta, o manuseio de carga, até o projeto básico de um transportador de CO2 líquido de 30.000 m3 foram avaliados.

O Ceto demonstrou que o transporte de CO2 em condições de baixa pressão é viável e que a tecnologia está pronta para o primeiro uso. Em termos de design de embarcação, as atividades mostram que um transportador dedicado de LCO2 poderia ser projetado, alinhado a regras e regulamentos internacionais relevantes, incluindo o código IGC da IMO e as regras de navios da DNV para resistência e estabilidade globais.

Erik Mathias Sørhaug, diretor de Desenvolvimento de Negócios de Transporte de CO2 na DNV, disse: “Foi uma honra para a DNV liderar esta iniciativa. O projeto demonstrou que uma solução de baixa pressão é tecnicamente viável, o que permitirá soluções de transporte de baixo custo para projetos de CCS”.

Fonte: Portos e Navios