O TCU avisou que o escoamento das próximas safras de grãos para o Porto de Santos pode sofrer

Após ter avaliado as obras do Corredor Logístico Centro Oeste, o TCU (Tribunal de Contas da União) avisou que o escoamento das próximas safras de grãos para o Porto de Santos pode sofrer com os congestionamentos.  Se o Ministério dos Transportes não implantar as medidas previstas para o corredor, o cenário das longas filas de veículos de carga que afetaram as rodovias de acesso ao litoral paulista no ano passado, pode se repetir.  O tribunal também criticou o mau estado das rodovias, hidrovias e ferrovias que levam ao complexo marítimo, questão que também foi alvo de análise.

Foram fiscalizados ao todo 58 projetos equivalentes a R$ 11,3 bilhões: 14 no cais santista, 34 em hidrovias, cinco em ferrovias e cinco em rodovias. O TCU verificou o andamento dos empreendimentos do Corredor Logístico, que foram especificados no PAC 2 (Plano de Aceleração do Crescimento) e no PNLT (Plano Nacional de Logística de transportes). O problema de excesso de caminhões no embarque da safra de grãos que vem do Centro Oeste também recebeu a atenção do estudo. Em conclusão, o tribunal determinou que o Ministério trace um plano de ação para as obras mais urgentes e precárias e outro para os modais hidroviários, ferroviários e rodoviários.

Para o relator do processo do TCU, ministro Walton Alencar Rodrigues, a falta de capacidade das ferrovias é um dos fatores que pode agravar o problema das filas: “caso as rotas alternativas pelo norte não sejam implementadas no prazo proposto, ou não ocorra o crescimento tempestivo da capacidade de carga do modal ferroviário, a crescente safra tende a ser escoada pelo modal rodoviário, agravando o problema da fila de caminhões no Porto de Santos”.

No ano passado, ao ver o problema do congestionamento para acessar no Porto de Santos, a Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo) e os terminais criaram sistema de agendamento para a chegada dos caminhões. Se o atraso ou adiantamento de algum deles resultasse em algum problema no trânsito, os terminais poderiam ser multados pela Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários).

Fonte: Guia Marítimo