Espírito Santo receberá o maior porto privado do país
Empreendimento é resultado de uma joint-venture entre o Porto de Roterdã e a TPK Logística
O Porto de Roterdã acaba de anunciar que está à frente de um projeto ambicioso. Com um total de investimentos de R$ 5 bilhões, o complexo em Joint-Venture entre o porto holandês e a empresa brasileira, a TPK Logística Ltda., firmou sociedade para a construção de um porto de grande porte, com 20 km2 e águas profundas de até 25 metros. Trata-se da construção de um porto privado, conhecido como Porto central de Presidente Kennedy, que deve se destacar como o maior do Brasil e um dos maiores e mais conceituados portos do mundo. Localizado no litoral sul do Espírito Santo e com uma área capaz de avançar por muitos anos, o porto e o entorno poderão abrigar indústrias voltadas ao exterior como, por exemplo, montadora de veículos, armazéns e CDs. De acordo com Alberto J de Barros, engenheiro e analista de projetos responsável pelo empreendimento, o sistema tipo “landlord” do novo complexo irá contribuir significativamente para a redução de custos de CAPEX e também de OPEX, pois compartilha os custos em comum, alavancando vários empreendimentos de comércio exterior, pois, segundo ele, de outra forma a iniciativa não se viabilizaria.
Segundo ele, a escolha da região se deve pois o local é privilegiado pelas águas profundas, inclusive já sendo assim indicado em estudos feitos pela Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários). Somado a isso, o executivo explica que o local também fica de frente para uma das áreas mais ativas em exploração e produção de petróleo e gás na costa brasileira, na Bacia de Campos que se estende em águas territoriais do ES inclusive do Pré-Sal (Parque das Baleias, Parque das Conchas, Roncador, Frade, etc.).
Com expectativa de iniciar suas operações entre 2016 e 2017, o porto irá movimentar cargas de cabotagem e longo curso. “Esperamos ser um dos portos mais importantes na costa brasileira, movimentando vários tipos de cargas, inclusive em navios de grande porte, o que diminui custo de frete, contribuindo com o avanço da logística brasileiro e o desenvolvimento do Brasil e do Sul do Espírito Santo”, conclui Barros.
Fonte: Guia Marítimo