Estaleiro gaúcho EBR é incluído em propostas que disputam plataformas da Petrobras
Estaleiro fica em São José do Norte, vizinho à região portuária de Rio Grande, no Sul do RS
O estaleiro da EBR, em São José do Norte, no Sul do Rio Grande do Sul, entrou a disputa para a construção de plataformas de petróleo da Petrobras. O EBR e outro estaleiro, o Brasfels, de Angra dos Reis, são listados pelas três concorrentes estrangeiras para a montagem das plataformas P-78 e P-79. A informação foi divulgada na manhã desta quarta-feira (3/02) pela estatal em seu site.
Três propostas foram pré-qualificadas para a licitação dos equipamentos que vão operar no campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos, detalha a companhia. As ofertas recebidas são das empresas Keppel (Singapura), Samsung e Daewoo, ambos da Coreia do Sul.
“Faz parte dos planos apresentados pelas licitantes a contratação de companhias nacionais, como os estaleiros Brasfels (Angra dos Reis–RJ) e EBR (São José do Norte–RS)”, informou a Petrobras, na nota.
A conquista de encomendas vai possibilitar o ressurgimento do polo naval na região de Rio Grande, onde também tem o estaleiro da antiga Ecovix. Em janeiro, reportagem especial do Jornal do Comércio mostrou a expectativa e potencial para o setor.
A conclusão da concorrência está prevista para ocorrer ainda no primeiro semestre. A operação das plataformas deve ser em 2025. Cada uma terá capacidade para processar diariamente 180 mil barris de óleo e 7,2 milhões de metros cúbicos de gás.
Segundo a estatal, os grupos que disputam as encomendas confirmaram o atendimento ao conteúdo local de 25%. Os serviços serão feitos por meio de parceria ou subcontratação de empresas nacionais. O índice de conteúdo local é requisito do edital e previsto pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para o Excedente de Cessão Onerosa do campo de Búzios.
As duas plataformas serão do tipo FPSO, sigla em inglês para a unidade que produz, armazena e transfere petróleo e gás, esclarece a companhia, e farão parte da nova geração de plataformas, “que incorpora melhorias e lições aprendidas com a experiência nos últimos 10 anos no pré-sal e em outros projetos offshore”.
Fonte: Jornal do Comércio