Forças Armadas são alvo de ataque no Complexo da Maré
Exército e a Marinha não se limitarão a fazer um trabalho de apoio
A segurança no Complexo da Maré e nas ruas do entorno do conjunto de favelas está reforçada, na manhã desta terça-feira (7/4), por fuzileiros navais e veículos blindados da Marinha.
No fim da noite desta segunda-feira, um homem foi baleado num ataque a pontos de mototaxistas em três comunidades da região, que recebeu militares das Forças Armadas no domingo. Fábio da Silva de Barros, de 28 anos, que estava no ponto da entrada do Conjunto Esperança, foi atingido nas costas.
Segundo testemunhas, os disparos foram feitos por ocupantes de um Corolla preto, que ainda atacaram os pontos da Vila do João e da Vila dos Pinheiros. O Comando da Força de Pacificação, que está no local desde sábado, confirmou uma sequência de ataques.
Exército confirma ataques
No local do ataque, o major Alberto Horita, chefe da seção de Comunicação Social da Força de Pacificação, disse que as Forças Armadas só têm poder de polícia no interior das comunidades e que o policiamento na Avenida Brasil é de responsabilidade da Polícia Militar.
Mototaxistas protestam na Avenida Brasil
Revoltado com a situação e denunciando a falta de segurança para trabalhar, um grupo de mototaxistas fechou as pistas central e lateral da Avenida Brasil, sentido Zona Oeste, no início da madrugada desta terça-feira. Policiais do Batalhão de Policiamento de Vias Expressas (BPVE) foram acionados para liberar o trânsito. De acordo com o Centro de Operações da prefeitura, três faixas ficaram bloqueadas.
Forças Armadas ficam na Maré até julho
De acordo com o Ministério da Defesa, as Forças Armadas foram autorizadas a entrar no Complexo a partir do primeiro minuto do próximo sábado. Militares da Marinha e da Aeronáutica vão permanecer nas 15 comunidades da Maré até o dia 31 de julho. Os militares poderão fazer vistorias e prender suspeitos em flagrante.
Fonte: G1 / O Globo