Greve dos caminhoneiros prejudica operação no Porto do Rio

Greve dos caminhoneiros prejudica operação no Porto do Rio

A greve dos caminhoneiros, que entrou no quinto dia consecutivo prejudica a operação no Porto do Rio. De acordo com a Companhia Docas, a autoridade portuária, bloqueios no acesso terrestre ao porto impedem a entrada de caminhões, diminuindo a movimentação de cargas.

Segundo a Docas, os bloqueios estão sendo realizados em frente ao Portão do Caju e ao Portão 24. “Nada entra e nada sai”, disse um funcionário do porto ao G1 que não quis ser identificado.

Ainda de acordo com a Companhia Docas, os outros três portos do estado não registram reflexos expressivos da greve. No Porto de Itaguaí, na Região Metropolitana, não houve bloqueios nos portões. Foram registradas barreiras esporádicas na rodovia Rio-Santos e no Arco Metropolitano, que não afetaram as operações. Já os Portos de Niterói e de Angra dos Reis operam normalmente, segundo a companhia.

Prejuízos

A MultiTerminais, uma das empresas que operam a movimentação de contêineres no Porto do Rio, confirmou que os bloqueios impedem a entrada e a saída de cargas dos terminais desde a segunda-feira. A empresa ainda não fez um balanço dos prejuízos registrados desde então.

De acordo com a entidade que representa as empresas de navegação comercial que operam no estado, as cargas para exportação não estão conseguindo chegar aos portos do estado, do mesmo modo em que as cargas de importação estão retidas nos contêineres.

“Está havendo um grande prejuízo não só para as agências de navegação, mas para toda a economia brasileira. O Brasil depende do mar para o seu comércio exterior”, disse o diretor institucional do Sindicato das Agências de Navegação Marítima e Atividades Afins do Estado, Milton Ferreira Tito.

Segundo Tito, ainda não é possível mensurar qual o valor do prejuízo sofrido pelas empresas. Ele destacou que “concomitantemente à paralisação dos caminhoneiros, também há uma greve da Receita Federal no porto, então fica difícil dimensionar todo o impacto”.

Fonte: G1