Jogos da Copa registram 197 detidos por tumultos e crimes nos estádios

Eles são chilenos, argentinos e alemães são maioria, aponta levantamento do G1

Levantamento realizado pelo G1 aponta que, pelo menos, 197 pessoas foram detidas nos estádios nos 56 jogos realizados na primeira fase e nas oitavas de final da Copa do Mundo no Brasil.

Os casos mais comuns foram por invasão, tumulto e briga. A maioria não chegou a ficar presa: foi liberada após uma audiência de conciliação feita no juizado criminal dentro do estádio, na qual o juiz propõe um acordo para a extinção do caso em troca do pagamento de multa ou cestas básicas.

Entre os que chegaram a ser detidos, estão 108 chilenos, 24 argentinos, oito alemães, três colombianos e três argelinos. A França teve dois torcedores presos, mesmo total de México, Holanda e Nigéria. Além disso, outros 11 países (Bolívia, Uruguai, Paraguai, Equador, EUA, Portugal, Austrália, Japão, Croácia, Inglaterra e Polônia) tiveram um torcedor detido. Os demais são brasileiros ou não tiveram a nacionalidade divulgada.

O número foi computado com base em informações dos Tribunais de Justiça estaduais, que possuem juizados especiais criminais (destinados a atuar em problemas envolvendo torcedores) nas arenas das 12 cidades-sedes.

Os chilenos protagonizaram o principal incidente, no dia 18 de junho, no Maracanã, no Rio, antes do jogo contra a Espanha. Nesse dia, 85 foram detidos e liberados na sequência, mas receberam a ordem da Polícia Federal para que deixassem o país em 72 horas. Caso descumprissem a ordem, teriam que pagar multa diária de R$ 8,27.

Para o juiz titular do Juizado Especial do Torcedor e dos Grandes Eventos do Rio de Janeiro, Marcello Rubioli, que atuou no caso dos chilenos que invadiram o Maracanã, a “Copa mostrou que os juizados nos estádios são importantes e fazem a diferença”.

“Como atitude repressiva, o Judiciário está cumprindo o seu papel e tomando decisões importantes para manter fora das arenas torcedores problemáticos”, diz Rubioli, acrescentando, porém, que é preciso evoluir.

Fonte: G1 – Política