Alerta é que a indústria marítima de contêineres continuará enfrentando excesso de capacidade nos próximos anos

O presidente executivo da Maersk Line, Nils Andersen, alertou os armadores e operadores de contêineres que eles vão enfrentar mais quarto ou cinco anos de excesso de capacidade antes de a oferta alcançar a demanda. O desequilíbrio, segundo ele, não é tão grave como alguns temiam graças ao crescimento no volume de comércio na região da Ásia e Europa nos últimos meses.

Mas, com uma carteira de encomendas ainda representando cerca de 20% da capacidade existente, serão necessários que alguns anos se passem até que a indústria volte ao seu equilíbrio, disse Andersen.

A Maersk Line, que não ordenou quaisquer novos navios desde seus navios Triple-E, que agora estão sendo entregues, não deve voltar para os estaleiros até 2017. Outros que encomendaram, estão contribuindo para o lento retorno ao equilíbrio, disse Andersen, que atribuiu o forte desempenho financeiro da Maersk Line, em parte, à sua regular restrição. “Em primeiro lugar, temos desistido da ideia de crescer mais rápido do que o mercado e adaptamos nossa capacidade de expansão para as expectativas de crescimento realistas do mercado”, disse.

Ele não aceitou participar de uma nova rodada de aquisições de navios pela 2M com o parceiro Mediterranean Shipping Co, que foi reportado para ser afretador de longo prazo por trás de outras várias encomendas da ordem de 18.000 TEU que ainda estão sendo negociados, mas ressaltou que isso não mudaria a dinâmica dentro da aliança planejada.

Andersen, descartou qualquer aquisição no setor de transporte de contêiner apesar de produzir um primeiro semestre com lucro operacional líquido de pouco mais de US$ 1 bilhão e retorno sobre o capital investido de 10,8% no segundo trimestre.

A divisão de transporte de contêineres da AP Moller-Maersk chegou a número um em seu estatuto, em grande parte através de aquisições, incluindo a da Sea-Land, P & O Nedlloyd e Safmarine, mas quaisquer aquisições futuras do grupo serão focadas nos setores marítimos e de portos. “É claro que estamos sempre à procura de investimentos, mas aquisições no lado de transporte não estão no topo da nossa lista de prioridades”, disse.

O plano da Maersk é crescer com o mercado “e não mais ou menos”, com investimentos concentrados em navios, a não ser se e quando eles forem necessários para atender a essa estratégia.

Fonte: Guia Marítimo