Manaus conquista 1º lugar no volume de cabotagem com a Bahia
Neste ano, o Tecon Salvador registrou aumento de quase 40% na movimentação de cargas do modal envolvendo a capital amazonense
Após a expansão do Terminal de Contêineres de Salvador, já com um cais preferencial para a atracação de navios de cabotagem, a capital baiana viu o seu volume no fluxo Manaus/Salvador crescer quase 40% no comparativo entre os primeiros semestres de 2014 e 2013. Neste primeiro semestre, foram movimentados 7.298 TEUs (medida referente a contêineres de 20 pés).
Em um curto intervalo de tempo, Manaus tornou-se a principal cidade de origem e destino de cargas transportadas via cabotagem no fluxo com a Bahia. Superando destinos tradicionais, como Santos (SP) e Rio Grande (RS), a capital do Amazonas é hoje responsável por 35% de todo o volume de cabotagem do Tecon Salvador – operado pelo Grupo Wilson Sons. Um ano trás, Manaus ocupava a terceira posição, com participação de pouco mais de 20% do total movimentado no modal.
O transporte de cabotagem, diferente da navegação de longo curso, é realizado entre os portos de um mesmo país. Dentre os produtos de Manaus que mais desembarcaram em Salvador no primeiro semestre, o destaque foi para os eletrônicos. O setor obteve incremento de 300% durante nesse período do ano.
Atualmente, dois dos maiores armadores (empresas proprietárias das embarcações), Aliança e Log-in, escalam toda semana em Salvador seus navios de cabotagem do fluxo Manaus. “Historicamente, subia muita carga para o Norte, enquanto descia pouca para as outras regiões do país. Boa parte dos produtos percorriam longas distâncias pela rodovia. Assim, enxergamos um grande potencial no desenvolvimento desse mercado, tanto que instalamos em Manaus uma equipe dedicada à atração de cargas para a cabotagem”, conta Patrícia Iglesias, diretora comercial do Tecon Salvador.
Este novo modelo de negócio tem rendido bons frutos, como a atração de novas cargas do segmento de duas rodas, cujas descargas regulares no terminal soteropolitano somaram cerca de 1.000 TEUs de janeiro até junho deste ano. No movimento inverso, subindo de Salvador para a capital amazonense, cargas dos segmentos da construção civil, minérios e bebidas foram responsáveis pelas maiores movimentações.
“Estamos desde 2013 estudando in loco os mercados e identificando oportunidades para aumentar os volumes dos usuários cativos, além de captar de novas cargas. Esse último é o maior desafio da área, ou seja, migrar os produtos que atualmente são transportados nos caminhões para os navios de contêineres. É importante pensar que além da redução de custos, a cabotagem também traz nas vantagens nos aspectos sociais e ambientais, que são o foco do Tecon Salvador”, declara Patrícia Iglesias.
Sobre o Grupo Wilson Sons
O Grupo Wilson Sons é um dos maiores operadores integrados de logística portuária e marítima e soluções de cadeia de suprimento no mercado brasileiro, com mais de 175 anos de experiência. A companhia conta com uma rede de atuação nacional e presta uma gama completa de serviços para as empresas que atuam na indústria de óleo e gás, no comércio internacional e na economia doméstica. As principais atividades do Grupo são divididas em dois sistemas – Portuário e logístico e Marítimo.