Margem Equatorial pode ser a última grande fronteira de petróleo no Brasil

Margem Equatorial pode ser a última grande fronteira de petróleo no Brasil

Durante a realização de um evento sobre transição energética no Brasil na última quarta-feira, 11, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, enfatizou a relevância da Margem Equatorial brasileira como uma fonte estratégica de exploração de petróleo. Mercadante ressaltou a importância de equilibrar o papel da Petrobras na produção de petróleo com a necessidade de abordar desafios ambientais, destacando o potencial da região para acelerar a transição energética do país. Segundo ele, a região tem um alto potencial de alavancar ainda mais o mercado de petróleo nacional.

Petrobras e BNDES miram na Margem Equatorial com desenvolvimento sustentável em foco

Em um evento sobre a transição energética justa no Brasil, promovido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em parceria com a Petrobras, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, enfatizou a importância estratégica da exploração de petróleo na Margem Equatorial brasileira. O evento realizado em na última semana ressaltou a importância da Petrobras e do BNDES na busca por um futuro energético mais sustentável para o Brasil.

A Petrobras, como uma das principais empresas do setor de energia do país, tem um papel fundamental na exploração de petróleo, enquanto o BNDES desempenha um papel estratégico na promoção do desenvolvimento econômico e social. Assim, Mercadante destacou a importância da agenda ambiental como um desafio histórico que o Brasil enfrenta.

Ele enfatizou a responsabilidade compartilhada e diferenciada da Petrobras e do BNDES no contexto da transição energética. Segundo ele, o Brasil tem uma matriz energética relativamente limpa, com 47,4% de fontes limpas, enquanto a matriz elétrica atinge quase 88%, números que se destacam no cenário internacional. No entanto, metade das emissões do país provém do desmatamento, e 24% estão relacionadas ao uso da terra.

Mercadante questionou se, em meio a uma crise climática global, faz sentido a Petrobras continuar produzindo petróleo. Ele reconheceu que o petróleo desempenha um papel fundamental na matriz de transporte e na matriz energética global, com cerca de 80% provenientes de hidrocarbonetos e energia fóssil. Conforme destacado, a transição energética está em curso, mas ainda não existe um substituto completo para o petróleo.

O presidente do BNDES também observou que a mobilidade elétrica está crescendo, mas a dependência do petróleo persiste em carros, ônibus e caminhões. Mesmo com a produção de 80 milhões de veículos anualmente em todo o mundo, apenas 10 milhões são veículos elétricos. Assim, a estrutura de transporte global continua fortemente dependente de combustíveis fósseis.

Banco Nacional e estatal brasileira estão na vanguarda da exploração de petróleo na região

Mercadante destacou no evento a importância da Margem Equatorial do Brasil como a última grande fronteira de exploração de petróleo. Ele enfatizou que, mesmo diante das previsões de descarbonização da ONU para 2050, a expectativa é que 17% ainda seja petróleo. Portanto, a exploração de petróleo continuará sendo essencial, desde que seja conduzida de maneira sustentável.

O Brasil possui 2.200 km de costa na região da Margem Equatorial, estendendo-se do Rio Grande do Norte ao Amapá, e compartilhando a fronteira com a Guiana. A Guiana já descobriu reservas de 11 bilhões de barris de óleo equivalente e tem planos de produzir 1,5 bilhão de barris por dia, tornando-se a segunda maior economia produtora de petróleo na América Latina. Conforme destacado pelo especialista, a Margem Equatorial é vista como um tesouro de oportunidades para o Brasil.

Com mais de 3.000 perfurações realizadas com total segurança nessa fase de exploração, a Petrobras possui a tecnologia necessária para continuar produzindo petróleo na região. Dessa forma, o potencial da Margem Equatorial é imenso e pode ser um diferencial crucial para acelerar a transição energética do Brasil, devendo ser aproveitado quanto antes.

Fonte: Petrosolgás