Marinha integra exercício internacional de Controle do Tráfego Marítimo

Marinha integra exercício internacional de Controle do Tráfego Marítimo

A Marinha do Brasil participou em 2023 do Exercício de Controle Naval do Tráfego Marítimo, conhecido como Transamérica XII. A atividade tem como objetivo coordenar as tarefas que devem ser implementadas pelas Marinhas do continente americano, necessárias para o estabelecimento de um sistema integrado, que as permita exercer, em coordenação com a direção civil de transporte e de pesca, o monitoramento e a defesa do tráfego marítimo interamericano, contribuindo, assim, para a Segurança Marítima na região.

O treinamento foi conduzido pela Marinha do Peru e reuniu as Marinhas da Argentina, Chile, Colômbia, Equador, México, Paraguai, Uruguai, Peru, além dos Estados Unidos, como país observador. No total, foram 156 militares e 19 Organizações Militares do Brasil. A supervisão do exercício ficou a cargo do Comando de Operações Marítimas e Proteção da Amazônia Azul.

Simulações
O exercício foi elaborado em um cenário fictício, contando com a participação de navios mercantes reais. A partir da simulação de situações como imigrantes ilegais em navios mercantes, evacuação e interdição de portos, pirataria e crise ambiental, é testada a adoção das medidas cabíveis, em resposta a cada incidente simulado. Dessa forma, as marinhas participantes têm a oportunidade de aperfeiçoar a sua prontidão, cooperação e interoperabilidade na proteção do tráfego marítimo em contexto crítico.

Para o comandante do Centro de Operações Marítimas, capitão de mar e guerra João Batista, o exercício é  fundamental para o treinamento e o incremento da consciência situacional marítima.

“Devido às diversas e multifacetadas ameaças que permeiam o cenário marítimo mundial, a doutrina de Controle Naval do Tráfego Marítimo mostra-se ainda mais relevante e atual, conforme se verifica no conflito entre Ucrânia e Rússia. Assim, nosso aprimoramento deve ser diuturno, buscando contribuir com respostas rápidas e eficazes aos eventos críticos globais no ambiente marítimo que possam vir a impactar os interesses nacionais“, disse.

Esse exercício ocorre a cada dois anos, com um país organizador. A escolha é feita pelos países integrantes que participam da Conferência Naval Interamericana Especializada em Controle Naval Marítimo. O Brasil conduziu o primeiro exercício, ocorrido em 2001.