
Marinha participa de mais um exercício de segurança marítima no Golfo da Guiné
Militares da Marinha do Brasil (MB), embarcados no Navio-Patrulha Oceânico (NPaOc) “Amazonas”, participam do “Grand African Nemo 2023”, exercício multinacional de segurança marítima realizado no Golfo da Guiné, em cooperação com Marinhas amigas. O NPaOc “Amazonas” deixou a Base Naval do Rio de Janeiro no dia 13 de setembro e retornará à capital fluminense em 10 de novembro, após passagem por Angola, Costa do Marfim, Namíbia e Togo.
A operação visa capacitar Marinhas da costa oeste do continente africano na condução de ações que promovam a segurança marítima, como, por exemplo, o emprego limitado da força contra a pirataria, sequestro de pessoas, tráfico de armas e de drogas, pesca ilegal, além de operações de socorro e salvamento.
Preparação
Ao longo dos 14 dias de travessia entre o Brasil e a África, a tripulação do “Amazonas” passou por intensa preparação. Foram realizados um curso de Patrulha Naval e estudos de caso sobre as principais abordagens e apresamentos já executados pela MB em operações interagências.
Os militares também passaram por adestramentos de tiro com armamento fixo e portátil, práticas de deslocamento a bordo, abordagem do Grupamento de Mergulhadores de Combate (GRUMEC), procedimentos de interrogação do Grupo de Visita e Inspeção e treinamentos de combate a avarias operacionais.
“Para que o Navio-Patrulha Oceânico “Amazonas” seja capaz de cumprir suas atribuições, é primordial que a tripulação esteja nas melhores condições de aprestamento, o que é alcançado pelo adestramento contínuo em diferentes níveis de complexidade, integração e interoperabilidade”, destacou o Capitão de Fragata Leonardo Gomes Barros, Comandante do NPaOc “Amazonas”.
Exercícios operativos
Os exercícios e jogos de guerra bilaterais e multilaterais aprimoram a interoperabilidade com Marinhas amigas e promovem assistência técnico-militar. No “Grand African Nemo 2023”, eles foram divididos em duas fases.
A primeira ocorreu entre os dias 9 e 11 de outubro, na área marítima entre as cidades de Luanda e Soyo, ambas em Angola, visando fortalecer o combate à poluição marítima, à imigração ilegal e ao tráfico de armas. Participaram das ações, o Navio-Patrulha “Nzinga Mbandi”, da Marinha de Guerra de Angola, que atuou como “Navio de Abordagem” – com a tarefa de executar uma Ação de Visita e Inspeção – e o “Amazonas”, que desempenhou o papel de “Contato de Interesse”, ou seja, uma embarcação suspeita de alguma irregularidade.
Já na segunda fase, foram desenvolvidos cenários relativos à segurança marítima, em especial os de pirataria; pesca ilegal não declarada e não regulamentada; e tráfico de drogas. As ações foram executadas em regiões como a de Cabinda, em Angola, que é grande produtora de petróleo, além de ser área fronteiriça entre os países integrantes do exercício. O navio brasileiro atuou, mais uma vez, como “Contato de Interesse”, tendo sido abordado pelos Navios-Patrulha “Nzinga Mbandi”, de Angola; “Moliro”, da República Democrática do Congo; “05 Frevier 1979”, da República do Congo.
“Esses exercícios têm como principal resultado o incremento da interoperabilidade regional entre os países do Atlântico Sul, a disseminação de procedimentos e boas práticas no combate às ameaças à segurança marítima da região, além do fortalecimento dos laços diplomáticos e de cooperação militar”, destacou o Capitão de Fragata Leonardo Gomes.
Fonte: Agência Marinha de Notícias