Mercado náutico no Brasil fatura R$ 2 bilhões, vive momento histórico e embarcações de luxo são vendidas com fila de espera

Mercado náutico no Brasil fatura R$ 2 bilhões, vive momento histórico e embarcações de luxo são vendidas com fila de espera

Mercado náutico brasileiro supera crise global causada pelo coronavírus e faturou R$ 2 bilhões somente no ano passado, afirmam os dados da Associação Brasileira dos Construtores de Barcos e seus Implementos, a ACOBAR. E não para por aí, o setor promete crescer 10% esse ano gerando filas para a compra de iates.

De olho na expansão do mercado brasileiro, fabricantes internacionais, passam a construir suas embarcações no Brasil, têm trazido seus modelos ao país na chance de atrair compradores ou quem sabe até investidores, já que por aqui o mercado de aluguel de barcos também é atraente.

Para se ter ideia o mega iate Azimut Grande 27 Metri, o mesmo modelo comprado recentemente pelo jogador Cristiano Ronaldo e avaliado em R$ 50 milhões, já teve nove modelos vendidos no Brasil e possui atualmente uma fila de espera de 15 meses. A embarcação de luxo começou a ser produzido em Santa Catarina, em 2020.[

O modelo comporta até seis suítes, além de home theater, academia e sala de jogos. Fabricado pelo estaleiro cearense Inace, o objetivo do lançamento é atrair compradores de fora e mostrar que o País tem capacidade para exportar iates.Já o superiate Explora 90, avaliado em R$ 55 milhões, foi vendido antes mesmo de ser exposto na feira realizada na capital fluminense. O iate, único que faz travessia interoceânica, possui 450 m2 de área social e pode ter 100% de seu interior definido pelo comprador. O novo proprietário, que não quis ser identificado, pediu para que fossem instaladas uma brinquedoteca e uma sauna no deck.

Segundo Ernani Paciornik, presidente do Grupo Náutica, que realiza a Rio Boat Show e também a São Paulo Boat Show, a busca por iates vai além do mundo dos milionários. “Você pode começar comprando um barco de R$ 50 mil e depois vai pensando em adquirir um maior”, diz. Paciornik explica que o sucesso dos últimos anos é reflexo direto da pandemia e do isolamento social.

“As pessoas perceberam que o lazer é importante e viram nos barcos uma opção. É como uma casa de campo, mas o barco é uma ilha e te leva para qualquer lugar”, diz. O Brasil possui mais de sete mil quilômetros de litoral, isso sem falar nos rios e represas que também aceitam a presença de embarcações.

Para ele comprar um barco, seja um iate de luxo ou um modelo mais econômico é como ter “um segundo carro”. Algo possível para certa parcela da classe média. Para quem tem o desejo de adquirir uma embarcação de luxo ou econômica, há bancos que trabalham com financiamentos.

Catamarã de luxo francês, avaliado em R$ 6,5 milhões, é destaque internacional e possui representantes de venda no Brasil

Um dos destaques internacionais fica por conta do Lagoon 46. O catamarã de luxo francês, avaliado em um milhão de Euros, ou R$ 6,5 milhões, pode ter de três a quatro suítes e pretende fazer parte de uma nova geração de embarcações desse tipo. O escritório responsável pelo lançamento possui representantes no Brasil para realizar a venda.

E para quem prefere “uma simples lancha”, pode contar com a versão esportiva do estaleiro Ventura, que tem como principal característica um dispositivo que permite ao esportista escolher de que lado da embarcação deseja que a onda se forme e assim praticar Wakeboard e Surf em alto mar. Com 22 pés e 6,6 metros de comprimento, é avaliada em R$ 450 mil. Se o brasileiro está só agora descobrindo esse mercado, é bom pesquisar antes da compra. As opções nunca foram tantas.

Fonte: Click Petroleo e Gás