Mesmo que não seja votada neste ano, reforma da Previdência não sairá da agenda

Mesmo que não seja votada neste ano, reforma da Previdência não sairá da agenda

presidente Michel Temer e seus aliados fazem nesta semana uma ofensiva final para tentar aprovar ainda neste ano a reforma da Previdência na Câmara dos Deputados.

Se não conseguirem, já estão mandando um recado para quem tem a expectativa de tirar o assunto do debate no ano eleitoral: o tema não sairá da agenda em 2018, e o governo seguirá tentando aprovar as novas regras de aposentadoria.

A mensagem está presente nas entrevistas concedidas tanto por Temer como pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, nos últimos dias.

No domingo (10), em Buenos Aires, Temer foi claro ao dizer que, se não for possível aprovar na Câmara neste ano, o governo quer encerrar a discussão na Casa agora e votá-la no início do próximo ano.

Rodrigo Maia foi na mesma linha nesta segunda-feira (11). Ao dizer que não colocará a reforma da Previdência para votar semana que vem se houver risco de derrota, o presidente da Câmara afirmou que isso não significa que a proposta sairá da agenda.

“A reforma não sairá da pauta no ano que vem, vamos insistir na sua votação”, afirmou Rodrigo Maia.

A estratégia de Temer e Maia é dirigida aos aliados que apostam numa desistência do governo de seguir tentando votar a reforma caso não seja aprovada neste ano na Câmara dos Deputados.

Em outras palavras, aqueles que tentam fugir da discussão sobre a reforma da Previdência não vão escapar do debate no ano eleitoral. Daí que seria melhor aprovar as novas regras agora e tirar o assunto do debate das eleições.

Temer tem dito nas reuniões com sua equipe que decidiu não jogar a toalha em relação à reforma da Previdência. Avalia que, se não for votada agora na Câmara e no início do ano que vem no Senado, as mudanças na aposentadoria dos brasileiros será um dos principais temas da campanha eleitoral de 2018.

Aí, tem afirmado o presidente, os parlamentares e candidatos terão de se expor sobre o tema. E o governo seguirá na sua campanha de esclarecimento, mostrando que, sem a reforma, a crise fiscal se agravará, e o pagamento das aposentadorias correrá risco no futuro, tal como aconteceu em países como a Grécia.

A ordem é atender tudo o que for possível a fim de tentar atingir os votos necessários para aprovar a reforma (308 na Câmara). Além de cargos, Temer iria tratar com seus auxiliares da liberação de recursos de emendas parlamentares.

Fonte: G1