Obras de dragagem nos rios Amazonas e Solimões avançam para garantir passagem segura
As obras de dragagem nos trechos Manaus-Itacoatiara e Coari-Codajás seguem em pleno andamento com o objetivo de assegurar a navegabilidade dos rios Amazonas e Solimões, no estado do Amazonas. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) informou que os investimentos para essas intervenções chegam a R$ 400 milhões, e o projeto será executado ao longo de cinco anos, com foco em fortalecer a infraestrutura fluvial e garantir o transporte seguro e contínuo de mercadorias vitais para a economia local e regional.
O projeto foi viabilizado pelo Ministério de Portos e Aeroportos que, em setembro, assinou contratos com investimentos que somam aproximadamente R$ 280 milhões. O ministro Silvio Costa Filho destacou o trabalho do Governo Federal para amenizar os impactos da grave crise climática. “Nos últimos anos, as dragagens eram realizadas de forma emergencial e sem planejamento. Agora, teremos previsibilidade para apoiar o setor produtivo no escoamento da produção e garantir que a população também possa viajar pelos rios da região sem prejuízos à mobilidade”, afirmou.
No trecho Manaus-Itacoatiara, a dragagem está sendo executada pelo navio-draga Hopper Lindway, que partiu dos Estados Unidos e realiza os trabalhos em uma extensão de 200 km. Após cumprir os trâmites legais, como a admissão temporária junto à Receita Federal e a inspeção da Marinha do Brasil, o navio está retirando sedimentos de pontos críticos entre a foz do Rio Madeira e a Costa do Tabocal, com o objetivo de melhorar a navegação e garantir o fluxo contínuo de insumos para a Zona Franca de Manaus e outras regiões do interior do estado.
Já no trecho Coari-Codajás, a dragagem está sendo realizada por meio da técnica de sucção recalque, que utiliza bombas para remover os sedimentos do fundo do rio e assegurar a continuidade da navegação em pontos estratégicos.
Essas obras são ainda mais essenciais em função da seca severa que afetou a região entre 2023 e 2024, considerada uma das mais graves da história recente. As intervenções fazem parte do Plano Anual de Dragagem de Manutenção Aquaviária (Padma) e do Plano de Sinalização Náutica do estado do Amazonas, ambos com o objetivo de manter a navegabilidade em rotas vitais como Manaus-Itacoatiara, Tabatinga-Benjamin Constant, Benjamin Constant-São Paulo de Olivença e Coari-Codajás.
Fonte: Informativo dos Portos