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Paralisado transporte de grãos no rio São Francisco
Meses antes de sua nascente secar, o rio São Francisco já deixava de apresentar as condições mínimas para o transporte entre a “nova fronteira agrícola” do oeste da Bahia e o litoral nordestino.
Um conjunto de fatores, que vão desde o prolongamento da estiagem na região Sudeste até a gestão dos recursos hídricos e a falta de investimento na manutenção da hidrovia, inviabilizou o transporte pelo rio neste ano. Como resultado, a única empresa que ainda realizava transporte pelo “Velho Chico” suspendeu suas atividades no rio em maio. Desde então, os produtores da região contam apenas com a malha rodoviária para escoar a safra.
Apenas uma barcaça desceu o São Francisco em 2014 entre Muquém de São Francisco e Juazeiro, carregando 2,6 mil toneladas de caroço de algodão. O volume não chega representar 0,1% do total colhido no oeste baiano na safra 2013/14, nem a 0,4% do volume de caroço que deveria ter sido transportado pelo rio este ano, estimado em janeiro em 60 mil toneladas. E o transporte se deu, literalmente, aos trancos.
A viagem demorou 30 dias, dez a mais que a média, por causa do excesso de areia no curso e o consequente baixo calado em alguns trechos do rio. Após essa experiência, a Icofort, a processadora de produtos agrícolas que operava sozinha o transporte no São Francisco, jogou a toalha.
Fonte: Valor Econômico