Pequim vence licitação para reconstruir base na Antártida

Pequim vence licitação para reconstruir base na Antártida

Destruída por um incêndio em fevereiro de 2012, que causou a morte de dois militares, a estação brasileira na Antárdida deve ser erguida novamente por empresas chinesas. Uma licitação internacional aberta pelo Comando da Marinha chegou ao fim e seus resultados serão divulgados na edição de hoje do “Diário Oficial” da União, segundo o ministro da Defesa, Jaques Wagner. Os chineses pediram o menor preço para esse trabalho: US$ 99,6 milhões.

Uma proposta finlandesa ficou em segundo lugar, com oferta de US$ 104,8 milhões, e um consórcio de empresas chilenas e brasileiras apresentou proposta de US$ 110,4 milhões. A vitória dos chineses não tem relação nenhuma com a visita do primeiro-ministro Li Keqiang. “Foi absoluta coincidência”, disse Wagner, lembrando que ainda cabem recursos.

Na primeira tentativa de licitação da nova base, restrita a empresas nacionais, não apareceu nenhuma oferta. O surgimento de três propostas, desta vez, afasta o risco de mais um revés no esforço de reconstruir a base científica e militar brasileira Comandante Ferraz, que teve cerca de 70% de suas instalações destruídas. O fogo teve início na praça de máquinas da unidade, onde funcionavam os geradores de energia elétrica da estação.

Apesar da tragédia, permaneceram intactos os refúgios (módulos isolados para emergências); os laboratórios de meteorologia, de química e de estudo da alta atmosfera; os tanques de combustíveis; dois módulos de captação de água doce; a estação-rádio de emergência e o heliponto, que são estruturas isoladas da principal. Em julho de 2014, a Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar lançou a segunda licitação para a reconstrução da estação.

Fonte: Valor Econômico