Petrobras bate recorde de produção de petróleo em agosto
A Petrobras bateu, em agosto, recorde de produção de petróleo no Brasil. A presidente da companhia, Graça Foster, afirmou ontem que a empresa registrou, no mês passado, um novo aumento de produção no país, o sétimo aumento mensal consecutivo da empresa. De acordo com a executiva, os dados de agosto, ainda não consolidados, “beiraram” os 2,1 milhões de barris diários.
“[A produção de] agosto certamente foi muito melhor [do que a de julho]. Batemos também um novo recorde no pré-sal”, destacou Graça Foster, durante o evento Latin Oil Week Upstream, realizado no Rio de Janeiro.
A presidente da Petrobras afirmou, ainda, que não abre mão da meta de crescimento da produção de petróleo no Brasil este ano. A estatal fixou como meta o aumento de 7,5% da produção de óleo no país, em relação a 2013, com margem de erro de 1 ponto percentual para mais ou para menos. “A gente não abre mão dos 7,5%”, disse a executiva a um grupo de jornalistas durante o evento.
Também presente no Latin Oil Week Upstream, o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, José Formigli Filho, afirmou que a empresa “trabalha firme” para atingir a meta, vista com ressalvas pelo mercado.
Em agosto, a Bradesco Corretora revisou para baixo a previsão de produção nacional da Petrobras para 2014, diante dos números abaixo do esperado no primeiro semestre.
No acumulado do ano, até julho, a média de produção de petróleo da Petrobras no Brasil (1,961 milhão de barris/dia) cresceu 1,5% em relação ao volume médio produzido em 2013 (1,931 milhão de barris/dia). Na comparação do acumulado de julho deste ano com igual período do ano passado (1,916 milhão de barris/dia), a alta foi de 2,3%.
A estimativa da Bradesco Corretora é que a petroleira produza, em média, 2,045 milhões de barris diários este ano, frente à projeção mínima da Petrobras, de 2,056 milhões de barris por dia. O crescimento esperado pela corretora neste ano é de 5,9%, abaixo da projeção da petroleira, de 6,5%, no mínimo.
A revisão é fruto dos atrasos na operação dos FPSOs (que produz, armazena e transfere óleo e gás) programados para o primeiro semestre, como a P-62. A corretora calcula uma perda de receita de US$ 1,88 bilhão para a petroleira, com a revisão dos cronogramas.
Depois de um primeiro semestre abaixo das expectativas, a Bradesco prevê o alinhamento da curva de produção com as projeções iniciais a partir de outubro. Para o último trimestre deste ano, a Petrobras prevê a entrada em operação da P-61 e dos FPSOs Cidade de Ilhabela e Cidade de Mangaratiba.
Fonte: Valor EconômicoAndré Ramalho e Rodrigo Polito | Do Rio