Petrobras dá início em perfuração de sua ‘joia da coroa’ na busca por alcançar 1 MILHÃO de barris de petróleo por dia
Nos últimos dias, a Petrobras movimentou mais uma peça em seu projeto ambicioso de exploração e produção no pré-sal.
Conhecido como o “campo de Búzios” e frequentemente apelidado de “joia da coroa” da estatal, o local está no centro das estratégias para ampliar a capacidade de extração da companhia.
Sem poupar esforços e utilizando tecnologia de ponta, a empresa iniciou a perfuração de um novo poço no campo, com o apoio do navio-sonda Carolina, a uma impressionante profundidade de 1.939 metros.
O projeto reflete a meta ousada da Petrobras: elevar a produção em Búzios para 1 milhão de barris de óleo equivalente por dia (boed) até 2025.
Perfuração e expectativas de aumento na produção
Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o novo poço, tecnicamente identificado como 9-BUZ-99D-RJS, tem como característica ser um “poço especial”.
A designação se deve ao fato de este poço atender a objetivos específicos, que não se alinham às finalidades tradicionais.
Entre esses objetivos, destacam-se o controle de pressão, a captação e descarte de água, além da observação e do controle de potenciais problemas, como o “blow out” — um risco crítico em plataformas de perfuração, envolvendo um aumento súbito e incontrolável de pressão.
Essas iniciativas são indicativas da alta tecnologia e dos investimentos robustos aplicados em Búzios para atender à demanda crescente.
Projeções e estratégias com o FPSO Almirante Tamandaré
Para transformar as ambições em realidade, a Petrobras já se prepara para lançar, em 2025, o FPSO Almirante Tamandaré, uma embarcação-plataforma que terá capacidade para elevar a produção em Búzios.
O navio-plataforma recém-chegado ao Brasil faz parte de um plano estratégico mais amplo da estatal, focado em otimizar os recursos do pré-sal e cumprir a meta de produzir 1 milhão de barris de boed em Búzios até o terceiro trimestre de 2025.
Segundo informações recentes da ANP, a produção em Búzios já atingiu cerca de 768 mil barris diários de boed, mas esse número deve ser impulsionado significativamente com a chegada do FPSO Almirante Tamandaré, considerado o maior projeto de produção da estatal.
Conforme Magda Chambriard, presidente da Petrobras, a expansão do campo de Búzios é essencial para manter o ritmo de produção, fortalecer a posição competitiva da companhia e contribuir para a segurança energética do Brasil nos próximos anos.
Histórico de produção e o papel da cessão onerosa
O campo de Búzios é um ativo estratégico da Petrobras desde 2010 e tem uma produção crescente desde 2021, quando foi dividido entre dois regimes de exploração distintos: um sob o regime de cessão onerosa e outro sob o regime de partilha de produção.
O regime de cessão onerosa foi fruto de um acordo com o governo federal para exploração de até cinco bilhões de barris de petróleo em áreas específicas do pré-sal.
Já o contrato de partilha de produção foi obtido através do primeiro Leilão dos Volumes Excedentes da Cessão Onerosa, realizado pela ANP.
Ambos os contratos se complementam, proporcionando uma base de investimentos e permitindo que a Petrobras amplie a capacidade de exploração no campo de Búzios de forma sustentável e rentável.
Investimentos no pré-sal e a visão para o futuro
Além dos investimentos no campo de Búzios, a Petrobras também busca consolidar sua presença em outras áreas do pré-sal, aproveitando a expertise e os aprendizados acumulados ao longo dos últimos anos.
A empresa planeja modernizar suas operações, impulsionando a sustentabilidade e o uso de novas tecnologias, a exemplo do uso de inteligência artificial para monitorar e otimizar o desempenho dos poços em tempo real.
Esses avanços tecnológicos se somam à experiência prática da Petrobras, que a coloca em posição de destaque entre as grandes empresas do setor.
A estratégia adotada em Búzios tem sido avaliada positivamente no mercado, uma vez que combina crescimento operacional com responsabilidade socioambiental.
De acordo com Chambriard, o Brasil poderá se consolidar como um dos principais exportadores de petróleo nas próximas décadas, garantindo uma base sólida para o desenvolvimento econômico e a geração de empregos na indústria de óleo e gás.
O pré-sal e as novas oportunidades de geração de empregos
Os projetos no pré-sal, especialmente no campo de Búzios, têm potencial para gerar novas vagas de trabalho no setor de petróleo e gás.
Estima-se que, até 2025, a Petrobras necessitará de milhares de profissionais especializados para operar as novas plataformas, navios-sonda e poços.
Esse crescimento no setor pode representar uma oportunidade para trabalhadores e empresas da área, criando um ciclo de prosperidade que beneficiará diretamente a economia brasileira.
Com a expansão do pré-sal, a Petrobras não apenas reforça sua capacidade de produção como também fomenta o desenvolvimento do setor de energia, que terá papel crucial para atender a crescente demanda interna e para expandir as exportações.
Fonte: Click Petró0leo e Gás