Petrobras detalha o Plano Estratégico 2020/2024
Companhia prevê investimentos de US$ 75,7 bilhões, sendo 85% para o segmento E&P
O Conselho de Administração da Petrobras aprovou o Plano Estratégico 2020-2024, que prevê uma carteira de investimentos de US$ 75,7 bilhões para o quinquênio. Segundo a estatal, 85% dos investimentos serão alocados no segmento de exploração e produção (E&P).
“O CAPEX previsto para o quinquênio é de US$ 75,7 bilhões, dos quais 85% estão alocados no segmento E&P. Essa alocação está aderente ao nosso posicionamento estratégico, com foco nos ativos de E&P, especialmente no pré-sal, nos quais a Petrobras tem vantagem competitiva e geram mais retorno para os investimentos”, diz nota da Petrobras.
Esse é o primeiro plano de negócios anunciado pela empresa sob gestão de Roberto Castello Branco. “Definido como Mind the Gap, o Plano traz uma agenda transformacional, que visa eliminar o gap de performance que nos separa das melhores empresas globais de petróleo e gás, criando substancial valor para nossos acionistas”, ressaltou a estatal em comunicado. Ainda de acordo com a Petrobras, o planejamento está em linha com cinco pilares estratégicos: a maximização do retorno sobre o capital empregado; a redução do custo de capital; a busca incessante por custos baixos; meritocracia; e o respeito às pessoas, meio ambiente e segurança.
Venda de ativos
Os desinvestimentos (arrecadação com venda de ativos) previstos no novo plano variam entre US$ 20 a 30 bilhões para o período 2020-2024, sendo a maior concentração nos anos de 2020 e 2021. “Continuamos perseguindo a desalavancagem através da geração de caixa e dos desinvestimentos. Conseguimos reduzir a dívida bruta da companhia em US$ 21 bilhões, em 2019. Mantemos a meta de atingir a relação Dívida Líquida/LTM EBITDA de 1,5x ainda em 2020. Em 2021 planejamos atingir US$ 60 bilhões de dívida bruta, o que aumentará a remuneração aos acionistas em linha com a nova política de dividendos já anunciada”, ressaltou a empresa.
Produção de óleo, LGN e gás natural
Para a produção de óleo e gás natural, a Petrobras estima a produção de 3,5 milhões de barris de óleo equivalente ao dia em 2024, ante 2,7 milhões de barris por dia (boed) estimados para 2020. Já na produção de petróleo, a Estatal prevê que o volume aumente de 2,2 milhões boed em 2020 para 2,9 milhões em 2024. “Para a meta de produção de 2020 consideramos uma variação de 2,5% para mais ou para menos”, segundo informações da Petrobras.
A companhia esclarece que, a curva de produção de óleo e gás estimada no período 2020-2024 indica um crescimento contínuo. Está prevista a entrada em operação de 13 novas plataformas de produção, sendo todas alocadas em projetos em águas profundas e ultra profundas.
Leilões ANP
A Agência Nacional do Petróleo (ANP) informa que tem programado para 2020 a realização de três leilões de áreas exploratórias de petróleo. As concorrências devem acontecer no segundo semestre do ano e colocar em oferta 871 blocos exploratórios, a maior parte em áreas na oferta permanente.
A 17ª Rodada de Licitações, aprovada pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), vai ofertar 128 blocos exploratórios nas bacias de Pará-Maranhão (setor SPAMA-AUP1), Potiguar (setores SPOT-AP2 e SPOT-AUP2), Pelotas (setores SP-AP1, SP-AR1 e SP-AUP1), Campos (setores SC-AUP2, SC-AP3 e SC-AP1) e Santos (setores SS-AUP5, SS-AP4 e SS-AUP4). A 7 ª Rodada do Pré-Sal tem programada a oferta das áreas de Esmeralda e Ágata (Bacia de Santos) e Água Marinha (Bacia de Campos), mas ainda está em processo de aprovação do Conselho.
Fonte: SINCOMAM – Margarida Putti
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