Petrobras fala em aumento de preços em 2014 e paridade em 2015, dizem bancos
A Petrobras conta com um aumento de preços de derivados de petróleo no mercado interno antes do final do ano, com o objetivo de obter uma paridade em relação aos valores internacionais até 2015, disseram analistas de bancos após reunião com altos executivos da estatal realizada na última segunda-feira.
A paridade de preços com o mercado internacional é fundamental para a companhia deixar de apresentar prejuízos na área de Abastecimento, uma vez que atualmente compra petróleo e combustíveis no mercado externo e vende a valores mais baixos no Brasil, por conta da política do governo (sócio controlador da Petrobras) de evitar impacto na inflação.
“A senhora Foster (Maria das Graças Foster, presidente da Petrobras) afirmou que haverá um aumento de preços antes do final de 2014”, disse o Itaú BBA, em relatório enviado a clientes.
No entanto, a presidente da Petrobras “não mencionou uma data específica ou a magnitude do aumento”, acrescentou o Itaú BBA.
O Itaú BBA disse ainda que o plano de investimentos da Petrobras assume uma paridade internacional para o diesel e gasolina até 2015, com base em previsões da estatal de um real mais forte frente ao dólar.
Em outro relatório, o Credit Suisse afirma que a “confiança da administração para um aumento significativo de preço neste ano não estava lá (com a menção de que a paridade será provavelmente alcançada em 2015, não 2014)”.
Procurada, a Petrobras disse por meio de sua assessoria de imprensa que não comenta tais informações.
A Petrobras tem importado um volume significativo de petróleo e combustíveis para atender a um crescente consumo que a sua produção própria e suas refinarias não conseguem cobrir.
A propósito do parque de refino, que não acompanhou o crescimento do consumo de combustíveis nos últimos anos, os analistas mencionaram ainda que a Petrobras pretende ter participação minoritária nas futuras refinarias Premium, no Ceará e no Maranhão –tais empreendimentos não avançariam sem um parceiro.
Fonte: Reuters/ Roberto Samora