Petrobras fecha 2020 com lucro líquido de R$ 7,1 bilhões

Petrobras fecha 2020 com lucro líquido de R$ 7,1 bilhões

A Petrobras informou, em comunicado divulgado na última quarta-feira (24), que conseguiu reverter a trajetória de seu desempenho contábil nos primeiros nove meses do ano e alcançou o lucro líquido de R$ 59,9 bilhões no quarto trimestre de 2020. No consolidado do ano, a companhia obteve lucro líquido de R$ 7,1 bilhões, encerrando 2020 com sólido desempenho operacional e financeiro.

O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, divulgou uma carta com os resultados financeiros de 2020. Na íntegra, o SINCOMAM destacou alguns trechos da carta:

“Nossa produção de óleo e de óleo e gás alcançou recordes históricos de 2,28 MMbpd e 2,84 MMboed, respectivamente, enquanto grande parte de nossos competidores globais mostrou redução na produção. A maior parte da nossa produção – cerca de 66% – veio dos campos do pré-sal, com um lifting cost médio de US$ 2,5/boe. Isso também significa óleos de melhor qualidade vendidos a prêmio em relação ao Brent, bem como menores emissões de gases de efeito estufa (GEE). O lifting cost total médio, de US$ 5,2/boe em 2020, caiu 42.2% em relação à média de 2015-2019, de US$9.0/boe. Nossas exportações de petróleo e óleo combustível também alcançaram recordes históricos. As vendas de petróleo cresceram 33% e as marcas Tupi e Búzios foram consolidadas com clientes asiáticos”.

“Mais de 11.000 funcionários da Petrobras e suas subsidiárias se inscreveram em vários programas de desligamento voluntário, dos quais 6.100 deixaram a empresa em 2019 e 2020 e 5.000 sairão a partir de 2021. Quase 1.500 posições gerenciais foram eliminadas, o uso de recursos internos foi adotado para reduzir custos e o uso da transformação digital e da automação reduziram a demanda por serviços terceirizados”.

“O fundo de pensão (PETROS) de nossos funcionários tinha um déficit de mais de R$ 30 bilhões devido à má gestão do passado. Foi contratada uma gestão profissional e um novo plano de cobertura de déficits foi aprovado e implantado em 2019. Em janeiro de 2021, um plano de contribuição definida foi aprovado pelos órgãos reguladores. Portanto, PETROS é agora muito mais saudável do que era no passado recente. Vários prédios administrativos foram fechados, totalizando 14 de 23 ocupados no início de 2019. O número de escritórios fora do país caiu para quatro, eram 18 em 2018. Ao mesmo tempo, o número de expatriados por escritório foi reduzido significativamente”.

“Desde janeiro de 2019 concluímos 21 transações e tivemos outras 13 assinadas, envolvendo desinvestimentos no montante de aproximadamente US$ 17 bilhões de entrada de caixa, sendo US$ 14,4 bilhões naquele ano. A BR Distribuidora foi o primeiro caso de privatização de uma empresa estatal por meio do mercado de capitais. Os fluxos de desinvestimentos foram um fator-chave para financiar a aquisição de Búzios (excedente da Cessão Onerosa), o maior campo de óleo offshore do mundo, em novembro de 2019. Duas fábricas de fertilizantes foram alugadas para uma empresa química por meio de um contrato de longo prazo, nossa subsidiária ANSA foi fechada e nossas duas empresas de distribuição de gás natural no Uruguai tiveram suas licenças de operação devolvidas ao governo uruguaio permitindo que a Petrobras deixasse o negócio. Atualmente, ainda temos mais de 50 ativos à venda em diferentes estágios em seus processos de desinvestimento. Cinco refinarias, Gaspetro e vários campos maduros de petróleo chegaram à etapa final para a assinatura dos contratos de compra e venda”.

“Nos últimos dois anos investimos US$ 35 bilhões, a maior parte em exploração e produção de óleo e gás natural em águas profundas e ultra-profundas, nosso principal negócio. O projeto básico para uma nova geração de FPSOs foi finalizado. Treze novos FPSOs entrarão em produção entre esse ano e 2025, oito deles já estão sendo construídos”

“Desde o início da pandemia provocada pela COVID-19 adotamos protocolos estritos para proteger a saúde de nossos empregados, a adoção de teletrabalho para o pessoal administrativo até 30 de junho de 2021, a redução dos times nas operações, testes massivos (520.000 testes até fevereiro), quarentenagem, uso de EPIs e disponibilidade de serviços médicos 24h, sete dias por semana, incluindo telemedicina e ambulâncias aéreas”.

Roberto Castello Branco
Presidente