Companhia acelera o processo de desinvestimentos e concentra seus recursos em águas profundas ou ultra profundas

O Conselho de Administração da Petrobras aprovou o Plano Estratégico para o quinquênio 2021-2025 (PE 2021-25), com previsão de investimentos (CAPEX) de US$ 55 bilhões, dos quais 84% estão alocados à Exploração e Produção de petróleo e gás (E&P). Dos US$ 46 bilhões em E&P, cerca de US$ 32 bilhões serão destinados aos ativos do pré-sal.

A estatal comunicou ao mercado que tem como meta reduzir sua dívida bruta para US$ 60 bilhões em 2022 e chegar em 2025 com volume de produção de 3,3 milhões de barris de óleo equivalente por dia (BOED). O plano estratégico mantém os pilares, já anunciados pelo presidente da estatal, Roberto Castello Branco, de maximização do retorno sobre o capital empregado; redução de custo; busca por eficiência; meritocracia, segurança, saúde, respeito às pessoas e ao meio ambiente. “A Petrobras reafirma a visão de ser a melhor empresa de energia na geração de valor para o acionista, com foco em óleo e gás”, afirmou a Petrobras.

O plano também relacionou quatro métricas que deverão impactar diretamente a remuneração não só dos executivos, mas de todos os empregados da companhia em 2021, como a intensidade de emissões de gases de efeito estufa (IGEE), volume vazado de óleo e derivados (VAZO), dívida bruta de US$ 67 bilhões em 2021 e delta do EVA (ferramenta de gestão Economic Value Added) consolidado de US$ 1,6 bilhão.

Segundo a Petrobras, a diminuição da dívida e a desalavancagem financeira continuarão a ser prioritárias, sendo a geração de caixa operacional e os desinvestimentos fundamentais para esses fins. De janeiro de 2019 a setembro de 2020, mesmo com os impactos da pandemia da Covid-19 e do choque do petróleo em 2020, a empresa informou que reduziu a dívida bruta em US$ 31 bilhões.

“Nosso portfólio de desinvestimentos contém no momento mais de 50 ativos em diferentes estágios do processo de venda. Simultaneamente ao abatimento da dívida, os desinvestimentos contribuem para melhorar a alocação de capital e consequentemente para criação de valor para o acionista”, esclareceu a Petrobras, em nota.

Produção de óleo, LGN e gás natural

A curva de produção de óleo e gás estimada no período 2021-2025, sem considerar os desinvestimentos, indica um crescimento contínuo focado no desenvolvimento de projetos que geram valor, com aumento da participação dos ativos no pré-sal que possuem menor custo de extração. A companhia reforçou que está prevista a entrada em operação de 13 novos sistemas de produção, sendo todos alocados em projetos em águas profundas e ultra profundas. A produção de óleo para 2021 reflete os impactos associados a Covid-19 e os desinvestimentos ocorridos em 2020. “Consideramos uma variação de 4% para mais ou para menos para a produção de 2021”, disse a estatal. 

Sustentabilidade

O Plano Estratégico 2021-25 também contempla medidas de sustentabilidade, com o uso de novas tecnologias para descarbonização de nossos processos e produtos, que envolvem por exemplo redução da queima de gás natural em flare, reinjeção de CO2 e ganhos de eficiência energética nas refinarias.

A Petrobras finalizou informando que revisou 10 compromissos de sustentabilidade para os próximos anos. Dentre eles estão: a redução das emissões absolutas operacionais totais em 25% até 2030; zero queima de rotina em flare até 2030; Redução de 32% na intensidade de carbono no E&P até 2025; 100% das instalações da Petrobras com plano de ação em biodiversidade até 2025 e crescimento zero na geração de resíduos de processo até 2025.

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